Governo encaminha ao Congresso proposta de reforma administrativa — Rádio Senado
Serviço Público

Governo encaminha ao Congresso proposta de reforma administrativa

O governo encaminhou ao Congresso nesta quinta-feira (3) a proposta de reforma administrativa. A intenção é melhorar a gestão do setor público e reduzir os custos. O senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) disse que se trata de um primeiro passo para reduzir as desigualdades existentes no serviço público. Já o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) não acredita que a reforma surtirá os efeitos esperados pelo governo. As informações são do repórter Maurício de Santi.

03/09/2020, 17h23 - ATUALIZADO EM 03/09/2020, 17h27
Duração de áudio: 01:59
Paulo Guedes, Bolsonaro e senador Fernando Bezerra em coletiva na porta do Planalto. Imagem de arquivo. Ninguém usando máscara, apesar da pandemia.
Marcos Corrêa/PR

Transcrição
LOC: FOI APRESENTADA NESTA QUINTA-FEIRA A PROPOSTA DE REFORMA ADMINISTRATIVA QUE VAI ABRANGER OS TRÊS PODERES DA UNIÃO, DE ESTADOS E MUNICÍPIOS. LOC: E AS PRIMEIRAS IMPRESSÕES DOS SENADORES SOBRE A REDUÇÃO DE CUSTOS, UM DOS PRINCIPAIS OBJETIVOS DA REFORMA, SÃO DIVERGENTES. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: TÉC: A proposta confirma o anúncio do presidente Jair Bolsonaro de que as mudanças só vão atingir os futuros servidores públicos. Os dois objetivos principais da reforma administrativa são a redução de custos e a melhoria da gestão do setor público. Entre as medidas estão a proibição da progressão automática na carreira, maior rigor nas avaliações de desempenho, redução no número de carreiras e fim da estabilidade para maioria das funções. Uma série de pontos precisará ser regulamentada, caso a proposta seja aprovada da forma como foi enviada ao Congresso. Mas para o senador Jorge Kajuru, do Cidadania de Goiás, é um primeiro passo importante. Ele acredita que a reforma vai ajudar a reduzir os custos e as distorções que existem no setor público: (Kajuru): vai trazer um pouco de racionalidade ao setor público, que tem se caracterizado por gerar desigualdades abismais. Será apenas um elemento para reduzir o custo da máquina oficial, mas deve ser valorizada muito. Não se chega ao fim sem um começo. (MAURÍCIO): Já o líder da Oposição, Randolfe Rodrigues, senador da Rede Sustentabilidade do Amapá, avalia que o texto enviado ao Congresso não vai diminuir despesas, pelo contrário, ele acredita que haverá um aprofundamento das desigualdades que já existem: (Randolfe): Essa é uma reforma administrativa que não reduzirá em nada o gasto público e aprofundará as desigualdades que já existem no serviço público. Se o Parlamento quer fazer alguma mudança, o Parlamento tem que primeiro dar o exemplo. Tem que reduzir as verbas indenizatórias dos gabinetes dos parlamentares, tem que reduzir as estruturas gigantescas que existem tanto no Senado quanto na Câmara. (MAURÍCIO): A reforma administrativa deverá ser aprovada em dois turnos de votação no plenário da Câmara dos Deputados e outros dois turnos no Senado Federal. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.

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