Com pandemia, previsão de déficit aumenta em 607% e fica em R$ 877 bilhões — Rádio Senado
Governo Federal

Com pandemia, previsão de déficit aumenta em 607% e fica em R$ 877 bilhões

A pandemia do coronavírus elevou a previsão de déficit em 607%, para R$ 877,8 bilhões, pelas contas da Instituição Fiscal Independente (IFI). Os gastos podem aumentar no caso da prorrogação de algumas ações, como o auxílio emergencial de R$ 600. Especialistas e senadores estudam como diminuir o déficit sem deixar de lado auxílios e programas de distribuição de renda. A reportagem é de Roberto Fragoso.

14/08/2020, 19h24 - ATUALIZADO EM 14/08/2020, 19h34
Duração de áudio: 01:49
Notas de reais e gráficos financeiros.
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Transcrição
LOC: O ROMBO NAS CONTAS DA UNIÃO DEVE FECHAR O ANO EM 877 BILHÕES DE REAIS, COMO RESULTADO DO IMPACTO DA PANDEMIA DO CORONAVÍRUS. LOC: ESPECIALISTAS E SENADORES ESTUDAM COMO DIMINUIR O DÉFICIT SEM DEIXAR DE LADO AUXÍLIOS E PROGRAMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE RENDA. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. TÉC: Antes do coronavírus, em março, a previsão era que as contas da União iriam fechar próximo de zero, sem sobras ou rombo. A partir de abril, no entanto, resultados negativos começaram a acumular e devem se estender pelo menos até o fim do estado de calamidade pública, somando um déficit de 877,8 bilhões de reais, cerca de 12,7% do Produto Interno Bruto, nas contas da Instituição Fiscal Independente. Somente em créditos extraordinários abertos por medidas provisórias para combater a pandemia, a conta beira 510 bilhões, e os gastos podem aumentar no caso da prorrogação de algumas ações, como o auxílio emergencial de 600 reais. No Congresso há várias propostas para que se mantenha a continuidade desse pagamento. A Frente Parlamentar em Defesa da Renda Básica estuda unificar essa verba com diversos outros programas de distribuição de renda, explica o senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe. (Alessandro Vieira) Pra desenhar um formato sustentável fiscalmente de auxílio. E a gente vê com muita clareza que é necessário reformular programas já existentes mas também redirecionar verbas de outras fontes. (Repórter) Em debate na IFI, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga apontou um conjunto de medidas que poderiam ser tomadas para reequilibrar as contas. E disse que o mais importante é que sejam debatidas já dentro da votação do orçamento de 2021. (Armínio Fraga) O governo já tem que dar sinais. Que esses sinais hoje incluem provavelmente passar a PEC emergencial, passar uma reforma administrativa, tratar das questões tributárias, pra colocar o país de volta nos trilhos da responsabilidade fiscal, que hoje a meu ver estão nos fazendo muita falta. (Repórter) Felipe Salto, diretor da IFI, lembrou que a discussão de reformas como a administrativa é uma oportunidade para corrigir distorções, como a regressividade dos impostos, e para avaliar a eficiência nos gastos públicos. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.

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