Olimpíadas de Tóquio ainda correm risco de cancelamento — Rádio Senado
Esporte

Olimpíadas de Tóquio ainda correm risco de cancelamento

Desde que o adiamento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio foi anunciado, em 24 de março, a postura das autoridades ligadas aos Comitês Olímpico Internacional  e ao governo japonês têm sido diferente daquela que antecedeu a alteração das datas. A hipótese de não realização da Olimpíada, antes fora de cogitação, não é mais afastada. Mais informações com o repórter Pedro Pincer.

27/07/2020, 17h51 - ATUALIZADO EM 27/07/2020, 19h10
Duração de áudio: 02:46
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Transcrição
LOC: MESMO ADIADAS PARA 2021, AS OLIMPÍADAS DE TÓQUIO AINDA CORREM RISCO. LOC: O COMITÊ OLÍMPICO INTERNACIONAL NÃO DESCARTA CANCELAR DEFINITIVAMENTE O EVENTO NA CAPITAL JAPONESA. REPÓRTER PEDRO PINCER: TÉC: Desde que o adiamento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio foi anunciado, em 24 de março, a postura das autoridades ligadas aos Comitês Olímpico Internacional e Organizador dos Jogos, e ao governo japonês, tem sido diferente daquela que antecedeu a alteração das datas. A hipótese de não realização da Olimpíada, antes fora de cogitação, não é mais absurda. Em abril, o presidente do Comitê Organizador, Yoshiro Mori, admitiu que os Jogos poderiam não acontecer se a covid-19 não estiver controlada em nível global. Em maio, o presidente do COI, Thomas Bach, reconheceu a chance de cancelamento do evento pela mesma razão. O presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, Dário Berger, do MDB de Santa Catarina, disse que a saúde de todos os envolvidos com os jogos deve ser a principal preocupação: (Dário Berger) Absolutamente nada é mais importante que a prevenção da doença e também a preocupação com as milhares de vidas envolvidas na elaboração dos jogos, porque o mundo precisa se unir contra o coronavírus (REP): Medalha de bronze em Atlanta 96 e um dos maiores nomes do vôlei feminino do Brasil, Ana Moser se mostra apreensiva com a questão do financiamento das confederações. (Ana Moser) Essa máquina toda, ela é financiada pelo movimento olímpico e o movimento olímpico é feito pelos ciclos olímpicos, então sinceramente não sei como vai ficar, mas de cara o impacto negativo no financiamento oficial do esporte olímpico. (REP): Ela também vê com preocupação o fato de que vários atletas de alto rendimento acabem perdendo a oportunidade de disputar os jogos. Responsável pelo melhor resultado da história da natação olímpica feminina do país (quinto lugar nos 400 metros medley em Atenas 2004), Joanna Maranhão tem visão parecida, mas tenta manter o otimismo. (Joanna Maranhão) Eu fico pensando nos atletas. Depois que você pensa nos atletas, você pensa na comissão treinadora, nos comitês olímpicos, no próprio Japão, em todo o investimento que foi feito. Prefiro focar minha energia sinceramente em acreditar que vai acontecer em 2021, que a gente vai ter uma vacina e que talvez esses jogos sejam a confraternização de tudo que a gente não pôde viver nesse ano por conta da pandemia. (REP): Se nada mudar, a Olimpíada de Tóquio será disputada entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021. Já a Paralimpíada ocorrerá entre 24 de agosto e 5 de setembro. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.

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