Senadores pedem providências contra ataques a infectologistas — Rádio Senado
Pandemia

Senadores pedem providências contra ataques a infectologistas

O  líder da Oposição senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), protocolou representação à Procuradoria-Geral da República e ofício ao Ministério da Justiça pedindo providências quanto às ameaças sofridas pela Sociedade Brasileira de Infectologia após a recomendação de não uso da cloroquina. O repórter Pedro Pincer tem os detalhes.

22/07/2020, 15h23 - ATUALIZADO EM 22/07/2020, 15h23
Duração de áudio: 02:01
Sessão Deliberativa Remota (SDR) do Senado Federal realizada a partir da sala de controle da Secretaria de Tecnologia da Informação (Prodasen). Ordem do dia.

Na pauta a Medida Provisória 926/2020, que flexibiliza regras de contratações e licitações durante a pandemia de covid-19. A proposta, também regulamenta a competência legal de governadores e prefeitos para impor normas de isolamento, quarentena e restrição de locomoção, além de prever isenção tributária para alguns produtos usados no combate à doença. 

Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) em pronunciamento via videoconferência.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES PEDEM PROVIDÊNCIAS CONTRA ATAQUES A INFECTOLOGISTAS LOC: DOCUMENTO RELATA AMEAÇAS À ENTIDADE POR NÃO RECOMENDAR O USO DA CLOROQUINA. REPÓRTER PEDRO PINCER: TÉC: O líder da Oposição senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, protocolou representação à Procuradoria-Geral da República e ofício ao Ministério da Justiça pedindo providências quanto às ameaças sofridas pela Sociedade Brasileira de Infectologia, a SBI, após a recomendação de não uso da cloroquina. Ele explica que, na última sexta-feira, a entidade reafirmou ser contra o uso da substância em qualquer fase do tratamento contra o novo coronavírus. A SBI citou dois estudos científicos para classificar como urgente que a droga deixe de ser utilizada por pacientes em diferentes fases da covid-19, inclusive na sua prevenção. O órgão relata que membros passaram a sofrer ataques e se tornaram alvo de fake news nas redes sociais. Para Randolfe, os ataques aos profissionais, que tanto colaboram durante o período de pandemia, são absurdos e devem ser combatidos de todas as formas. (Randollfe Rodrigues) Comportamentos desse tipo, que foram atentados contra os membros da Sociedade Brasileira de Infectologia, é um crime contra a ciência, é um crime contra o nosso pacto civilizatório, é um crime de lesa-humanidade. E por ser crime, quem faz crime é criminoso. E quem pratica o crime tem que responder diante das regras do Estado democrático de direito (REP): O presidente da SBI, Clóvis Arns, disse que a entidade está aberta ao diálogo e que a intenção é ser útil à sociedade. (Clóvis Arns) Qualquer entidade que queira discutir os artigos que estão sendo publicados, as notas e os informes que nós fazemos pela SBI, o objetivo é um só: é ajudar o povo brasileiro e eventualmente ajudar os que tomam decisões em relação a usar o dinheiro público, o recurso público. Eu entendo que nós, como sociedade científica, temos que nos limitar a transmitir à população o que os artigos científicos trazem. (REP) A representação foi assinada por Randolfe e mais treze senadores. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.

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