Competência para mudar calendário eleitoral é do Congresso, decide STF
O Supremo Tribunal Federal rejeitou o pedido do Partido Progressistas de mudança no calendário das eleições municipais. A sigla pedia a reabertura dos prazos para mudança de domicílio eleitoral, filiação partidária e desincompatibilização de cargos, vencidos em abril. O Senado participou do julgamento por meio de seu advogado-geral, Fernando Cesar Cunha. Para ele, a decisão preserva a separação dos Poderes. A reportagem é de Marcella Cunha
Transcrição
LOC: A COMPETÊNCIA PARA DECIDIR SOBRE ADIAMENTO DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS É DO CONGRESSO NACIONAL, DECIDE O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
LOC: OS MINISTROS TAMBÉM ENTENDERAM QUE NÃO HÁ NECESSIDADE DE SUSPENDER PRAZOS PARA MUDANÇA DE DOMICÍLIO ELEITORAL, FILIAÇÃO PARTIDÁRIA E DESINCOMPATIBILIZAÇÃO. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA
TÉC: O STF confirmou o entendimento da Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Rosa Weber, de que a prerrogativa para decidir sobre mudanças em regras eleitorais cabe exclusivamente ao Congresso Nacional. A fundamentação foi assinada pelo advogado-geral do Senado, Fernando Cesar Cunha.
(Fernando) Qualquer alteração que seja necessária em relação a essa matéria eleitoral deve necessariamente passar pelo Congresso Nacional para que avalie de forma ampla e completa a matéria, inclusive o debate com a sociedade e também diálogo institucional com os outros Poderes da República.
(REP) Para Fernando César, o julgamento preservou a independência e a harmonia dos Poderes.
(Fernando) Essa decisão é muito importante porque ela preserva separação dos Poderes, preserva a competência do Congresso Nacional e confirma que as instituições democráticas estão em pleno funcionamento mesmo nesse período de calamidade pública.
(REP) Em virtude da situação de calamidade pública, o partido Progressistas pedia a reabertura dos prazos que venceram em abril para mudança de domicílio eleitoral, filiação partidária e desincompatibilização de cargos, necessária para que agentes públicos possam se candidatar. Para o Progressistas, muitas pessoas foram impedidas de cumprir esses prazos e tiveram os direitos políticos violados. A Advocacia do Senado argumentou que só foram prejudicados os que deixaram para regularizar sua situação no final do prazo.
ADI 6359