Oposição vai tentar derrubar vetos ao projeto que ampliava o auxílio emergencial
Um dos autores do projeto que ampliava o auxílio emergencial, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), considerou covardes os vetos presidenciais ao pagamento de R$ 600 para mais de 70 categorias profissionais. O outro autor, senador Alessandro Vieira (Cidadade-SE), anunciou que os vetos poderão ser derrubados. Já o relator, senador Esperidião Amin (PP-SC), defendeu a edição de uma medida provisória para especificar as categorias aptas a receberem a ajuda de R$ 600 por estarem impedidas de trabalhar em decorrência do novo coronavírus. Mas o vice-líder do governo, senador Chico Rodrigues (DEM-RR), argumentou que não há dinheiro para a ampliação do benefício já pago a mais de 5 milhões de pessoas. O presidente Jair Bolsonaro não vetou o pagamento para mães adolescentes nem a suspensão das parcelas do FIES. As informações são da repórter Hérica Christian.
Transcrição
LOC: OPOSIÇÃO TENTARÁ DERRUBAR VETO AO PROJETO QUE AMPLIAVA O AUXÍLIO EMERGENCIAL PARA MAIS DE SETENTA CATEGORIAS PROFISSIONAIS.
LOC: VICE-LÍDER DO LÍDER DO GOVERNO ARGUMENTA QUE NÃO HÁ RECURSOS SUFICIENTES PARA ESTENDER O PAGAMENTO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN
TÉC: O presidente Jair Bolsonaro vetou a ampliação do auxílio emergencial de R$ 600 para mais de 70 categorias. Ele também impediu a cumulatividade do benefício com outros pagos pelo governo, a exemplo do Bolsa-Família. Um dos autores do projeto, senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, afirmou que a decisão do governo piora a situação de milhares de trabalhadores.
(Randolfe) O senhor Jair Bolsonaro trouxe alguns vetos covardes. Vetou cumular o bolsa família com os demais benefícios. Vetou todas as categorias que tiveram suas atividades econômicas impactados pela pandemia, como é o caso de taxistas, mototaxistas, motoristas de aplicativos, caminhoneiros, pescadores e tantas outras.
REP: Um outro autor, senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, avisou que o veto será derrubado.
(Alessandro) Os vetos presidenciais para esse projeto são excessivos e acabam jogando cidadãos brasileiros na miséria justamente no seu momento de maior necessidade. Nos parece ser um equívoco do presidente Bolsonaro e da sua equipe e deverá ser corrigido pela votação no próprio Congresso Nacional com a derrubada dos vetos.
REP: O relator, senador Esperidião Amin, do PP de Santa Catarina, defendeu a edição de uma medida provisória para o pagamento do auxílio emergencial aos profissionais impedidos de trabalhar por conta da pandemia.
(Amin) Eu acho que esse veto vai ter que ser reparado com uma Medida Provisória negociada com o Congresso Nacional. Ou seja, há categorias que não estão atendidas e que deveriam ser atendidas, por exemplo, os profissionais de educação física enquanto as academias não são abertas. Como é que a gente está vivendo?
REP: Já o vice-líder do governo, senador Chico Rodrigues, do Democratas de Roraima, argumentou que não há recursos para ampliar o auxílio emergencial, que na primeira parcela atendeu a mais de 5 milhões de pessoas.
(Chico) O presidente vetou com a justificativa de que o Congresso não indicou as fontes e a origem dos recursos, além da inconstitucionalidade porque beneficia algumas profissões e exclui outras tantas. E isso é um crime de responsabilidade. Em um segundo momento, o Congresso Nacional deve discutir o acordo para derrubar o veto, o que será uma discussão tensa em função da situação fiscal do país. Não tem dinheiro.
REP: O presidente Bolsonaro não vetou o auxílio emergencial para mães adolescentes nem a suspensão do pagamento do FIES por até quatro meses. Mas deixou de fora os pais solteiros, a proibição da suspensão do pagamento de benefícios sociais e previdenciários e a participação de fintechs, ou bancos por aplicativo, no repasse do benefício. Da Rádio Senado, Hérica Christian.