Adiamento das eleições municipais não é consenso entre senadores — Rádio Senado
Eleições 2020

Adiamento das eleições municipais não é consenso entre senadores

O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso afirmou que a manutenção das eleições municipais em outubro é a "posição comum" no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para o senador Major Olímpio (PSL-SP), o ideal seriam eleições gerais em 2022. Dessa forma, se evitariam os gastos das eleições deste ano e o uso de mais de R$ 2 bilhões do Fundo Eleitoral. Já a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) defende eleições  em até 120 dias após o fim do estado de calamidade pública. O objetivo é evitar que prefeitos e vereadores exerçam mandatos de 6 anos. A reportagem é de Marcella Cunha.

12/05/2020, 18h44 - ATUALIZADO EM 13/10/2020, 18h59
Duração de áudio: 02:14
José Cruz/Agencia Brasil

Transcrição
LOC: O FUTURO PRESIDENTE DO TSE, MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO, DEFENDEU A MANUTENÇÃO DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS EM OUTUBRO. O INÍCIO DA CAMPANHA ESTÁ MARCADO PARA 16 DE AGOSTO. LOC: JÁ OS SENADORES PROPÕEM ADIAR O PLEITO PARA 2022 OU REALIZAR AS ELEIÇÕES EM ATÉ 120 DIAS APÓS O FIM DO ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA: TÉC: O futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, afirmou que a "posição comum" no TSE é de manter as eleições municipais em outubro. A votação para prefeitos e vereadores está marcada para os dias 4 e 25 de outubro e para ser alterada precisa da aprovação do Congresso Nacional por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição. O senador Major Olímpio, do PSL de São Paulo, propõe unificar os pleitos nacional, estadual e municipal em 2022. Além de evitar os gastos com as eleições deste ano, a medida também pouparia mais de 2 bilhões de reais do Fundo Eleitoral. Major Olímpio rebateu a afirmação de Barroso de que unificar os pleitos traria um ‘inferno gerencial’. (Major Olímpio) Inferno é gastarmos R$ 1,300 bilhão só para o dia das eleições. Já está claro que vamos ter problema com esse calendário, que no mês de julho e agosto ainda teremos incidência forte do coronavírus e que não vai ser possíveis os atos normais de campanha. (REP) Já a senadora Soraya Thronicke, do PSL de Mato Grosso do Sul, defende que as eleições aconteçam em até 120 dias após o fim do estado de calamidade pública, decretado, a princípio, até 31 de dezembro. Essa seria uma saída para evitar que o mandato de prefeitos e vereadores fosse prolongado para 6 anos, como explicou a senadora Soraya. (Soraya) A ideia é que os cidadãos possam ir às urnas com serenidade, cautela. Não podemos expor as pessoas e precisamos garantir que elas estejam devidamente envolvidas no processo de escolha dos seus representantes, o que neste momento é realmente muito difícil. O próprio ministro Barroso admite que caso seja necessário adiar as eleições por causa da pandemia, que seja pelo mínimo inevitável. (REP) Se não houver alteração no calendário, ficam mantidas as convenções partidárias marcadas para o período de 20 de julho a 5 e agosto, onde serão oficialmente definidos os candidatos. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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