Eliziane Gama apresenta voto de aplauso a Henrique Mandetta
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), deverá enviar ao ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e à equipe dele um voto de aplauso pelos trabalhos à frente da pasta. A autora da iniciativa, senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), afirmou que Mandetta foi demitido por não se submeter a “achismos” e a posições ideológicas. Apesar de reconhecer os méritos de Mandetta, o vice-líder do governo, senador Chico Rodrigues (DEM-RR), afirmou que o ex-ministro foi insubordinado e provocou o presidente da República. As informações são da repórter Hérica Christian.
Transcrição
LOC: EX-MINISTRO DA SAÚDE E EQUIPE SÃO HOMENAGEADOS COM VOTO DE APLAUSO DO SENADO.
LOC: LUIZ HENRIQUE MANDETTA FOI DEMITIDO POR DIVERGÊNCIAS COM O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN
TÉC: De iniciativa da senadora Eliziane Gama, do Cidadania do Maranhão, o voto de aplauso é uma homenagem ao ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e à sua equipe, pelo que classificou de “excelentes e republicanos trabalhos” no tocante ao combate ao coronavírus. Ela destacou que as decisões de Mandetta foram baseadas em critérios científicos e com orientações “seguras, com credibilidade e respaldo internacional”. Eliziane Gama ponderou que Mandetta foi demitido por não “ceder a desvios ideológicos e ao charlatanismo” numa referência à posição contrária do presidente Jair Bolsonaro do isolamento social e de que o coronavírus era uma “gripezinha”.
(Eliziane) Foi a interrupção de um trabalho iniciado, que vinha sendo reconhecido por todo Brasil e pela Organização Mundial de Saúde porque levava em consideração esses critérios mundiais estabelecidos para o enfrentamento desta pandemia. Ou seja, o ministro Mandetta vem se baseando no primado científico e no espírito de equipe, não cedia a desvios ideológicos e a charlatanismo, ou seja, o ministro priorizava medidas do ponto de vista científico.
REP: Apesar de reconhecer o trabalho de Mandetta, o vice-líder do governo, senador Chico Rodrigues, do Democratas de Roraima, defendeu a decisão do presidente da República de demitir assessores classificados por ele de “insubordinados”.
(Chico) Ou o presidente mantém a sua autoridade ou, na verdade, ele fica subjugado a críticas de todas as ordens. O ministro Mandetta estava defendendo a quarentena de forma corretíssima, mas não poderia, na verdade, estar provocando o presidente. Isso era visível, era claro. Infelizmente, ele saiu. Vamos ver se o ministro Nelson vai manter as mesmas orientações do Mandetta, que são corretíssimas, mas com a disciplina ao presidente da República.
REP: O voto de aplauso será encaminhado ao ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e à sua equipe.