Comissão de Combate à Violência Contra a Mulher debate violência política
A Comissão Mista de Combate à Violência Contra Mulher promoveu nesta quinta-feira (5) uma audiência pública para discutir a violência Política. Debatedoras defenderam maior participação feminina nos espaços de poder. A presidente da Comissão, senadora Zenaide Maia (PROS-RN) ressaltou que o combate à violência política contra mulheres não é uma questão partidária, mas de defesa dos direitos humanos. As informações com a repórter Regina Pinheiro, da Rádio Senado.
Transcrição
LOC: COMISSÃO MISTA DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA MULHER PROMOVEU AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A VIOLÊNCIA POLÍTICA
LOC: DEBATEDORAS DEFENDERAM MAIOR PARTICIPAÇÃO FEMININA NOS ESPAÇOS DE PODER. REPÓRTER REGINA PINHEIRO.
TÉC: A audiência pública foi solicitada pelas Deputadas do PSOL, Talíria Petrone, do Rio de Janeiro e Áurea Carolina, de Minas Gerais. Elas justificaram que a violência e o assédio políticos são um desafio comum às mulheres, independentemente da orientação ideológica. Conforme as parlamentares, a violência, seja física ou psicológica, tem como objetivo excluir as mulheres dos espaços de representação. As deputadas explicam que as vítimas podem ser desde candidatas a cargos políticos, parlamentares, presidentes de sindicatos até mulheres que expressem sua opinião política em público. A Presidente da Comissão, Senadora Zenaide Maia do PROS do Rio Grande do Norte ressaltou que o combate à violência política contra mulheres não é uma questão partidária.
(Zenaide) “Eu costumo dizer que você só ajuda um município, o seu Estado, o seu país, através da política. Então, quando eu vejo mulheres aqui, levantando a cabeça, enfrentando os três expedientes, mas tendo a certeza de que tem que estar em local de poder, isso nos orgulha. Eu queria deixar claro aqui que, esse movimento de defesa das mulheres, que são mais de 50% da população brasileira, não tem nada a ver com partido. Isso aqui, nós estamos defendendo seres humanos
(Rep) A jornalista do projeto “Meu voto será feminista” Juliana Romão explicou como a plataforma vem trabalhando para aumentar a presença feminina na política.
(Juliana) “É um projeto que, ao mesmo tempo que é um combo, um combinado de sonhos e desejos de ver mais mulheres na política, também é uma chamada da democracia. A gente precisa entender que a democracia não tem mais como suportar a manutenção de uma ausência ou de uma presença reduzida e ínfima das mulheres nos espaços de poder”
(Rep) A gerente do programa ONU Mulheres, Ana Carolina Querino informou que a Organização Mundial das Nações Unidas monitora a situação das mulheres e a cada 5 anos faz um balanço sobre os progressos obtidos. A gerente destacou a importância de 2020, por ser um ano eleitoral no Brasil
(Querino) “A cada cinco anos, todos os Estados-Membros da ONU param para refletir sobre seus avanços. E esse ano, especificamente, muito interessante aliar isso pensando esse momento em que estamos vivendo de um ano eleitoral, em que é possível advogar por ter mais e mais mulheres na política e de como dar visibilidade a quais são as principais barreiras que essas mulheres enfrentam”
(Rep) Além disso, Ana Carolina Querino disse que 2020 é um ano simbólico para as mulheres por conta dos 25 anos da Declaração de Pequim. O documento guia os Estados-membros da ONU na implementação de ações para que as mulheres possam exercer plenamente seus direitos. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro
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