CPMI das Fake News pede que PF investigue ameaças à comissão — Rádio Senado
CPMI das Fake News

CPMI das Fake News pede que PF investigue ameaças à comissão

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News encaminhou à Polícia Federal denúncias de ameaças a integrantes da comissão. Tais ameaças, em prints, foram entregues em dezembro pelo deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) durante reunião do colegiado. O presidente da CPMI, senador Angelo Coronel (PSD-BA) considera graves as ameaças e afirmou que as investigações serão aprofundadas. Reportagem, Iara Farias Borges.

09/01/2020, 12h31 - ATUALIZADO EM 09/01/2020, 15h38
Duração de áudio: 01:45
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: AS DENÚNCIAS FEITAS À CPMI DAS FAKE NEWS PELO DEPUTADO ALEXANDRE FROTA FORAM ENCAMINHADAS À POLÍCIA FEDERAL PARA INVESTIGAÇÃO. LOC: O PRESIDENTE DA CPMI, SENADOR ANGELO CORONEL, DO PSD BAIANO, GARANTE QUE AS AMEAÇAS NÃO VÃO IMPEDIR O TRABALHO DA COMISSÃO. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. (Repórter) As denúncias foram entregues pelo deputado Alexandre Frota, do PSDB de São Paulo, em onze de dezembro, durante reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito das Fake News. No mesmo dia, o presidente da CPMI, senador Angelo Coronel, do PSD baiano, encaminhou os documentos à diretoria da Polícia Federal para investigação. O senador Coronel disse que as impressões, os chamados prints, contêm ameaças de supostos integrantes de milícias digitais aos membros da CPMI. O senador espera que a Polícia Federal tome as medidas cabíveis. (Angelo Coronel) “Olha, as denúncias são graves porque desafiam a CPMI a ir mais fundo nas investigações contra as milícias. E porque também mostram a ousadia desse pessoal. Não há ameaças a membros, especificamente. Mas há a todos os nossos colegas, tanto deputados federais como senadores, que compõem a CPMI. Evidentemente, que não comprometem o trabalho, mas uma coisa eu quero falar para esses ameaçadores: vocês reforçam a nossa vontade de ir a fundo e reforçam também a importância dessa comissão parlamentar mista de inquérito”. (Repórter) O senador Angelo Coronel informou que a comissão ainda não recebeu retorno da Polícia Federal. A CPMI das Fake News foi criada para investigar os ataques cibernéticos que atentam contra a democracia e o debate público; a utilização de perfis falsos para influenciar os resultados das eleições em 2018; a prática de bullying na internet sobre os usuários mais vulneráveis da rede, bem como sobre agentes públicos; e investigar também o aliciamento e orientação de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio. Os trabalhos da comissão vão até abril e podem ser prorrogados.

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