Sistema de defesa antiaéreo conta com tecnologia nacional, mas necessita de mais recursos — Rádio Senado
Audiência pública

Sistema de defesa antiaéreo conta com tecnologia nacional, mas necessita de mais recursos

O general de divisão Ivan Ferreira Neiva Filho, apresentou na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado (CCT) o Sistema de Defesa Antiaéreo Brasileiro. Ele destacou o protagonismo nacional na produção de equipamentos usados no setor e pediu mais recursos para a área. O senador Luiz do Carmo (MDB-GO) questionou se o acordo entre as empresas Embraer e Boeing poderia prejudicar o setor de defesa do Brasil. A reportagem é de Rodrigo Resende, da Rádio Senado. Ouça o áudio com mais informações.

02/10/2019, 13h41 - ATUALIZADO EM 02/10/2019, 14h46
Duração de áudio: 02:22
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Transcrição
LOC: O GENERAL DE DIVISÃO IVAN FERREIRA NEIVA FILHO APRESENTOU À COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DETALHES DO SISTEMA DE DEFESA ANTIAÉREO BRASILEIRO. LOC: O REPRESENTANTE DO EXÉRCITO APONTOU AINDA QUE O ACORDO ENTRE EMBRAER E BOEING NÃO VAI INTERFERIR NA ÁREA DE DEFESA. A REPORTAGEM É DE RODRIGO RESENDE: (Repórter) O General de Divisão, Ivan Ferreira Neiva Filho, chefe do escritório de projetos do Exército, apresentou aos senadores da Comissão de Ciência e tecnologia projetos sobre o sistema de defesa antiaéreo do país. O assunto é extremamente relevante, de acordo com o general, devido ao tamanho da fronteira brasileira: (Ivan Ferreira Neiva Filho) 17 mil quilômetros de fronteira. Uma fronteira extremamente complexa. Não dá para a gente continuar vigiando essa fronteira da mesma forma com que os portugueses quando chegaram ao Brasil e conquistaram essa Fronteira faziam. Na presença física simplesmente com a presença em pontos fortes e pontos que demandam entrada no território nacional. Isso tem que ser mantido, a presença tem que tá lá, mas não adianta somente a presença física do soldado (Repórter) O general Ivan destacou o projeto do míssil de cruzeiro de longo alcance, produzido com tecnologia nacional: (Ivan Ferreira Neiva Filho) Que é um míssil, ele voa como avião, ele é lançado como míssil, tem autonomia, a gente embute nele a rota que a gente quer, inercialmente ele vai cumprir aquela rota, sobe, desce, vira, e faz o caminho que for, e bate um alvo com uma precisão muito grande a uma distância muito grande. O alcance dele previsto é de 300 km, ele já está alcançando com uma precisão de 10 metros. (Repórter) O senador Luiz do Carmo, do MDB de Goiás, perguntou ao general Ivan sobre possíveis interferências na área de defesa diante do acordo comercial Embraer-Boeing: (Luiz do Carmo e Ivan) Luiz – Mas quando se fala dessa empresa, que foi vendida, que tem essa tecnologia muito grande, isso não vai prejudicar o exército brasileiro? A Embraer? Ivan Essa mudança de modelo de negócio da Embraer ela preservou a Embraer defesa. O Ramo de defesa da Embraer não faz parte desse acordo com a Boeing. O que foi pra esse acordo foi só a Embraer Comercial. (Repórter) Ivan Ferreira ressaltou que a continuidade dos projetos depende de recursos. Ele destacou que seriam necessários no mínimo 110 milhões de reais anuais para a manutenção das iniciativas no setor: (Ivan Ferreira) Foi colocado a proposta de uma emenda de 80 milhões de reais para lei orçamentária para do próximo ano que nos garantia de um mínimo para o próximo ano no sentido de desenvolvermos aquela capacidade que eu mostrei no inicialmente. (Repórter) Ivan Ferreira também destacou o protagonismo brasileiro na produção de radares, caso do M60 e do M200, produtos que já estão disponíveis para exportação.

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