Senado aprova texto base da reforma da Previdência e mantém abono para quem ganha até 2 mínimos — Rádio Senado
Primeiro turno

Senado aprova texto base da reforma da Previdência e mantém abono para quem ganha até 2 mínimos

Por 56 votos favoráveis e 19 contrários, o Plenário do Senado aprovou a reforma da Previdência em primeiro turno. Entre as mudanças nas regras de aposentadoria  estão o aumento da idade mínima e do tempo de contribuição. Dos quatro destaques votados, o governo perdeu o que restringia o pagamento do abono salarial a quem recebe até R$ 1.364. O líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou que o impacto da alteração será de R$ 70 bilhões. O líder da minoria, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), destacou que o benefício continuará a ser pago para quem recebe até dois salários-mínimos. As informações são da repórter Hérica Christian.

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Reforma da Previdência passa na CCJ e vai a Plenário

02/10/2019, 01h48 - ATUALIZADO EM 02/10/2019, 16h22
Duração de áudio: 02:33
Plenário vota, em 1° turno, a reforma da Previdência (PEC 6/2019).
Marcos Oliveira

Transcrição
LOC: POR 56 VOTOS FAVORÁVEIS E 19 CONTRÁRIOS, O PLENÁRIO DO SENADO APROVOU EM PRIMEIRO TURNO A REFORMA DA PREVIDÊNCIA. LOC: A OPOSIÇÃO CONSEGUIU RETIRAR DA PROPOSTA NOVAS REGRAS DO ABONO SALARIAL, QUE DEIXARIA DE SER PAGO PARA QUEM RECEBE ATÉ DOIS SALÁRIOS-MÍNIMOS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN TÉC: Aprovada em primeiro turno pelo Plenário do Senado, a Reforma da Previdência estabelece uma idade mínima e um tempo de contribuição de 62 e 15 anos para mulheres e de 65 e de 20 anos para os homens. A proposta também limita o benefício à média de todos os salários e não mais aos 80 maiores. Além disso, aumenta as alíquotas de contribuição para quem ganha acima do teto do INSS e ainda estabelece regras de transição. Em relação ao projeto original, ficaram de fora as novas regras para a concessão do Benefício de Prestação Continuada, o BPC, para a aposentadoria rural e o sistema de capitalização. Com a aprovação do relatório do senador Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, a oposição tentou alterar a proposta com a retirada de trechos. Dos quatro primeiros destaques votados, o governo perdeu o que limitaria o pagamento do abono salarial para quem recebe até R$ 1.364. Hoje, tem direito ao benefício o trabalhador que ganha dois salários-mínimos. O líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho, do MDB de Pernambuco, afirmou que essa mudança vai reduzir a economia da Reforma da Previdência. (Bezerra_abono) É um impacto considerável em relação à proposta do senador Tasso Jereissati, reduzindo de R$ 870 bi para R$ 800 bilhões. Então, é uma redução considerável e é por isso que eu pedi para deixar os demais destaques para amanhã para que haja uma reflexão por parte dos líderes, por parte dos membros do Senado Federal, da necessidade de que se mantenha essa compreensão de que o texto do senador Tasso Jereissati precisa ser preservado. REP: O líder da minoria, senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, afirmou que a oposição está mobilizada para retirar outros trechos do relatório final. (Randolfe) Primeiro, o governo imaginava que teria 60 votos no texto principal, não teve. Depois foi derrotado no abono salarial e os trabalhadores mais pobres deste país se sagraram vitoriosos. Sabendo que teria outras derrotas, aí resolveu recolher a bola e suspender o jogo. Foi a última alternativa do governo para impedir que fosse fragorosamente derrotado nesta madrugada. REP: O Plenário do Senado deverá concluir nesta quarta-feira a votação de outros seis destaques, entre eles o que trata da idade mínima para as mulheres e da pensão por morte. Da Rádio Senado, Hérica Christian

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