CMA discute a geração de renda em áreas protegidas — Rádio Senado
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CMA discute a geração de renda em áreas protegidas

Nesta quinta-feira (19), a Comissão de Meio Ambiente promoveu um debate sobre a geração de renda e a conversação da biodiversidade em áreas de proteção ambiental. Extrativistas, agricultores familiares e representantes da população indígena se queixaram da escassez de recursos e pedem a atenção do Senado sobre o projeto que prevê o pagamento por serviços ambientais. A reportagem é de Marcella Cunha

19/09/2019, 19h13 - ATUALIZADO EM 19/09/2019, 19h26
Duração de áudio: 02:22
Comissão de Meio Ambiente (CMA) realiza audiência pública interativa para tratar sobre o papel de áreas protegidas no Brasil para territórios comunitários, geração de renda e conservação da biodiversidade. Entre os convidados estão representantes da Funatura; das populações extrativistas; e das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira.

Mesa:
coordenadora da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), Katia dos Santos Penha;
geraizeira da RDS Nascentes Geraizeiras, Lúcia Agostinho;
presidente da CMA, senador Fabiano Contarato (Rede-ES);
presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), Joaquim Correa de Souza Belo;
representante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Edilena Erroure Tourino.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSAIDADE E A GERAÇÃO DE RENDA FORAM TEMA DE DEBATE NA COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE NESTA QUINTA-FEIRA. LOC: REPRESENTANTES DE POPULAÇÕES TRADICIONAIS, COMO INDÍGENAS E EXTRATIVISTAS, FORAM UNÂNIMES AO APONTAR A ESCASSEZ DE RECURSOS. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA TÉC: A Comissão de Meio Ambiente promoveu uma audiência pública para discutir a conservação da biodiversidade e a geração de renda em áreas protegidas. Representando a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, Edilena Tourino argumentou que a população indígena sempre fez a gestão de seu território, mas recentemente têm enfrentado dificuldades ao sobreviver em espaços delimitados. (Edilena) Povos originários expulsos de suas terras confinados em ilhas. Porque se você olha uma terra indígena no entorno você vai ver aquelas grandes propriedades rurais abertas agropecuária e a gente lá tentando sobreviver naquele espaço que tem um limite, recursos antes abundantes já vão se tornando escassos. (REP) Na mesma linha, a agricultora familiar Lúcia Agostinho, do Conselho Gestor da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Nascente Geraizeiras, no norte de Minas Gerais, chamou a atenção para a escassez de recursos. (Lúcia Agostinho): Se a gente não unir forças para defender o resto, porque nós temos é o resto de Floresta Amazônica, é o resto de cerrado, quem vai lamentar no final não somos nós, pequenos, que já estamos acostumado com pouca coisa. Quem vai lamentar e quem vai chorar são esses grandes que só pensa no capital. (Rep) Já o presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas, Joaquim Belo, pediu a atenção do Senado sobre o Projeto de Lei que prevê o pagamento por Serviços Ambientais. Na visão do extrativista, o texto ignora o trabalho das comunidades tradicionais na proteção de áreas de conservação e tende a enxergar o Governo como o único responsável. O presidente da Comissão, senador Fabiano Contarato, da Rede Sustentabilidade do Espírito Santo, fez um desabafo e pediu a presença de mais senadores nos debates do colegiado. (Contarato): Quer saber qual a participação e a responsabilidade dos políticos com relação a essas causas? Nenhuma. A prova disso é essa comissão. Com todo respeito, onde estão os senadores? Agora na hora que tem um desastre todo mundo quer aparecer, aí quer fazer CPI, quer dar entrevista. (Rep) Além de Contarato, também participaram da discussão os senadores Jayme Campos, do Democratas de Mato Grosso e Confúcio Moura, do MDB de Rondônia. Da Rádio Senado, Marcella Cunha PL 5028 DE 2019

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