Especialistas dizem que serviços baseados em nuvens exigem investimento em segurança cibernética
A Comissão de Ciência e Tecnologia debateu a segurança cibernética do estado brasileiro. O senador Vanderlan Cardoso (PP-GO) lembrou que o Brasil é o segundo país do mundo em número de crimes virtuais. O senador Jean Paul Prates (PT-RN) destacou que decisões de grandes empresas de tecnologia podem afetar todo o país. A reportagem é de Rodrigo Resende, da Rádio Senado.

Transcrição
LOC: ESPECIALISTAS AFIRMAM EM AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA QUE A SEGURANÇA CIBERNÉTICA É IMPRESCINDÍVEL PARA TRANSFERÊNCIA SEGURA DE SERVIÇOS PÚBLICOS PARA O AMBIENTE DIGITAL.
LOC: DEBATEDORES INDICARAM QUE CIDADÃOS DEVEM ESTAR ATENTOS NAS AÇÕES DO DIA A DIA PARA NÃO SEREM ATACADOS VIRTUALMENTE. A REPORTAGEM É DE RODRIGO RESENDE:
(Vanderlan Cardoso) O Brasil já é o segundo país do mundo em número de crimes cibernéticos. Os números assustam. São 54 crimes virtuais por minuto.
(Repórter) Os dados trazidos pelo senador Vanderlan Cardoso, do PP de Goiás, presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado mostram a importância para o mundo moderno do debate sobre Segurança Cibernética. O senador Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, destacou que é impossível dissociar o momento atual da tecnologia:
(Jean Paul Prates) Até derrubarem as torres gêmeas ninguém falava em jogar avião em edifício. Como também até hoje todo mundo convive com as nuvens de dados e ninguém fala que alguém, um dono de uma nuvem dessa, pode um dia “desligar” essa nuvem. Pode parecer idiota o que eu estou falando, mas, de fato, é o seguinte: todo mundo tem coisa no Google Drive, no One Drive da Microsoft, no Dropbox ou no sei lá mais qual. Um dia esses caras resolvem “desligar” o Brasil. Desliga o Brasil. Como faz?
(Repórter) O representante do Gabinete de Segurança Institucional, Coronel Arthur Pereira Sabbat, afirmou que a transferência cada vez maior dos serviços públicos para o ambiente digital obriga a criação de novas formas de defesa na área:
(Arthur Pereira Sabbat) Isso também amplifica enormemente a plataforma de vulnerabilidades ou superfície de ataques como costumamos dizer, ou seja, começa a se transformar em um algo bastante compensador: concentração de dados, dados sensíveis, dados de toda a nação.
(Repórter) Carlos Manuel Baigorri, representante da ANATEL, afirmou que a agência produziu uma campanha voltada ao cidadão para mostrar que a segurança cibernética não deve ser preocupação apenas do estado ou dos governos:
(Carlos Manuel Baigorri) justamente para sensibilizar o cidadão para que ele esteja consciente dos riscos que ele enfrenta quando está realizando operações, operações bancárias, está colocando a sua vida na internet.
(Repórter) Também participaram da audiência representantes do Ministério de Ciência e Tecnologia, da empresa Huawei e da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação.