Vai à sanção projeto que inclui peixes na política de preço mínimo

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LOC: APROVADO PELO SENADO, VAI À SANÇÃO O PROJETO QUE INCLUI OS PEIXES NA POLÍTICA DE PREÇO MÍNIMO. LOC: A PRODUÇÃO DE COMUNIDADES INDÍGENAS E QUILOMBOLAS TAMBÉM SERÁ BENEFICIADA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN TÉC: Por unanimidade, os senadores aprovaram o projeto que inclui na Política de Garantia de Preços Mínimos os produtos de origem animal de manejo extrativista, a exemplo de peixes, e os da sociobiodiversidade, como açaí, cacau e óleos vegetais. Também entra nesta lista a produção de povos indígenas, de comunidades de quilombos e tradicionais. Até então, apenas os produtos agrícolas, pecuários e extrativistas contavam com a equalização dos preços. Segundo um dos relatores, senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, o projeto vai possibilitar que a Conab, Companhia Nacional de Abastecimento, defina um preço mínimo para esses produtos considerando os custos de produção. Ele citou o caso do pirarucu, que agora terá um valor de mercado que vai valorizar os pequenos produtores. (Braga) Sem ter um preço mínimo, os caboclos, os índios, os verdadeiros guardiões da Amazônia são aviltadas na venda desse peixe, que é um peixe nobre. É um peixe que em qualquer supermercado do Brasil é vendido por mais de R$ 20 o quilo da carne. Mas quando é comprado dos caboclos, muitas vezes, por menos de R$ 4. REP: Eduardo Braga argumentou que a definição de um preço mínimo para a pesca sustentável e de produtos de manejo ajudará na preservação da Amazônia, atingida por uma onda de incêndio. (Braga) A Amazônia é o maior patrimônio do povo brasileiro e quem efetivamente guarda zela e cuida desse patrimônio é o povo que vive na Amazônia. São os caboclos, são os ribeirinhos, são os índios, são eles que cuidam desse valiosíssimo patrimônio brasileiro que presta serviços ambientais para o clima do Brasil e do mundo REP: O projeto define que apenas produtos provenientes de manejo sustentável serão beneficiados pela Política de Garantia de Preços Mínimos para evitar a pesca predatória. Da Rádio Senado, Hérica Christian PLC 2104/2019