CRE cobra indenização às famílias de vítimas da tragédia da Chapecoense — Rádio Senado
Relações Exteriores

CRE cobra indenização às famílias de vítimas da tragédia da Chapecoense

A Comissão de Relações Exteriores discutiu nesta quinta-feira (15) o pagamento de indenização às vítimas do acidente aéreo que transportava o time da Chapecoense em 2016 e deixou 71 mortos e 6 feridos. O jogador Neto lamentou a ausência de punição para os responsáveis. O presidente da CRE, Nelsinho Trad (PSD-MS), estuda a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito e quer levar o assunto ao Presidente Jair Bolsonaro. A reportagem é de Marcella Cunha

15/08/2019, 18h29 - ATUALIZADO EM 15/08/2019, 18h29
Duração de áudio: 02:48
Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) realiza audiência pública interativa para tratar sobre a atual situação das famílias das vítimas da tragédia do voo da Chapecoense, que permanece com pendências judiciais, securitárias e indenizatórias.

Mesa:
advogado do Marcel Camilo;
atleta da Associação Chapecoense de Futebol, Hélio Hermito Zampier Neto;
presidente da CRE, senador Nelsinho Trad (PSD-MS);
representante da Clyde & Co, Alex Stovold;
assessora em seguros, Márcia Almeida;
procurador da República (PRM-Chapecó/SC), Carlos Humberto Prola Júnior.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Edilson Rodrigues / Agência Senado

Transcrição
CRE cobra indenização às famílias de vítimas da tragédia da Chapecoense LOC: A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES QUER GARANTIR A INDENIZAÇÃO ÀS VÍTIMAS DO ACIDENTE AÉREO DA CHAPACOENSE ANTES DE NOVEMBRO, QUANDO O DESASTRE COMPLETA TRÊS ANOS. LOC: OS SENADORES VÃO PEDIR A INTERFERÊNCIA DE BOLSONARO E COGITAM A CRIAÇÃO DE UMA CPI. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA TÉC: Em novembro, a tragédia da Chapeconse, que deixou 71 mortos e seis feridos, completa 3 anos. Esse é o prazo para resolver o impasse entre as famílias das vítimas, as seguradoras e a empresa aérea LaMia, sobre o pagamento de uma apólice no valor de 300 milhões de dólares. O jogador Neto, um dos sobreviventes, deu um depoimento emocionado à Comissão de Relações Exteriores e disse que conta com os senadores para finalmente resolver a questão. (Neto): Se engana quem acha que a tragédia é a única causa do sofrimento, a impunidade ela dói mais do que qualquer tragédia. Eu só quero que a verdade seja esclarecida, eu só quero que as famílias tenham um pouco mais de conforto e consolo. Se as pessoas que realmente participaram de tudo isso de forma negativa vierem a ser conhecidos e tiver algum tipo de punição eu acho que isso ia ser um alívio para os nossos corações. (Rep) O advogado das seguradoras, Alex Stovold, participou da reunião e disse que havia uma cláusula no contrato que excluía da área de cobertura a Colômbia, destino final do avião e onde houve a queda. Ele informou, ainda, que a LaMia, teria perdido o prazo de pagamento da apólice, em outubro. Porém, o dono do avião, Ricardo Albacete, participou por vídeo conferência, e contestou a afirmação de que o seguro não estaria vigente. Ele disse, ainda, que seria papel da seguradora comunicar que o cliente está sem cobertura e criticou o valor que tem sido oferecido como indenização, de 225 mil dólares, no lugar dos 300 milhões de dólares previstos no contrato, chamando de “esmola”. Segundo o advogado Marcel Camilo, que representa algumas das famílias, vinte e três dos 77 envolvidos no acidente, já aceitaram o acordo, perdendo o direito de exigir novos pagamentos. (Marcel): Assinaram. São 23 famílias que não tem condição nenhuma de permanecer e se não assinassem não teriam nada, nada! Zero. (Rep) O presidente da Comissão, senador Nelsinho Trad, do PSD de Mato Grosso do Sul, estuda uma forma de convocar as instituições convidadas para a audiência que não compareceram, como a ANAC e representantes das agências de aviação da Bolívia e da Colômbia. (Nelsinho): Se a gente conseguir botar esse povo aqui dentro a gente consegue extrair uma resposta, não vai ficar nesse vazio .E se convidado como foram não vieram, vamos usar nosso instrumento. Se a gente fizer uma CPI, eles vão ter que vir na marra aqui. Porque nós estamos contra o tempo. (Rep) Uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro foi marcada para a próxima terça-feira para negociar um acordo e deve contar com a presença dos senadores Jorge Kajuru, do Patriota de Goiás, Romário, do Podemos do Rio de Janeiro e Leila Barros, do PSB do Distrito Federal. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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