Nos 13 anos da Lei Maria da Penha, senadora vê educação como solução contra a violência
O último dia 7 de agosto marcou os 13 anos da Lei Maria da Penha de combate à violência doméstica. Os avanços são claros, mas os números da violência contra a mulher ainda são alarmantes, conforme salienta a senadora Zenaide Maia (PROS-RN). Para ela, a solução para o problema está na educação.
Transcrição
LOC: 7 DE AGOSTO DE 2019 MARCA O DÉCIMO TERCEIRO ANIVERSÁRIO DA LEI MARIA DA PENHA, DE COMBATE À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.
LOC: APESAR DOS AVANÇOS, OS ÍNDICES DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER BRASILEIRA SÃO ALARMANTES. PARA A SENADORA ZENAIDE MAIA, É PRECISO EDUCAR A SOCIEDADE CONTRA O MACHISMO. REPÓRTER EDSON GOMES.
TÉC: Sancionada em sete de agosto de 2006, a lei de número 11.340, mais conhecida como Lei Maria da Penha, completa 13 anos de atuação. Para a Organização das Nações Unidas, a Lei é considerada uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência contra as mulheres. Apesar do avanço, a violência persiste. Dados de um levantamento do Datafolha revelam que, de fevereiro de 2018 a fevereiro de 2019, mais de um milhão de mulheres foram espancadas ou sofreram tentativa de estrangulamento no Brasil, enquanto 22 milhões de brasileiras passaram por algum tipo de assédio. Para a senadora Zenaide Maia do Pros do Rio Grande do Norte, o motivo das agressões contra as mulheres é a falta de educação.
(Zenaide) “falta educação, falta o respeito. Você cresce a maioria das vezes achando que o homem pode tudo, e a mulher não. Isso é para violências de maneira geral também. Educar é ter disciplina, é para aprender a respeitar as pessoas, e isso a gente não está tendo, a gente não está dando essa importância toda a educação”.
(REP) A Lei Maria da Penha foi criada com o objetivo de combater a violência doméstica, familiar ou em relações afetivas, ou seja, casos que envolvam casamento, união estável, namoro, pais, padrastos, irmãos ou parentes. As agressões contra a mulher não se restringem à violência física ou sexual, mas incluem ainda a violência psicológica, patrimonial, e moral. A denúncia de violência conta a mulher pode ser feita em qualquer delegacia, ou pelo telefone, Ligue 180. A lei 11.340 foi batizada em homenagem à farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, agredida pelo marido durante 23 anos e tetraplégica devido às agressões. O criminoso foi preso dezenove anos depois do crime. Com supervisão de Ana Beatriz Santos, da Rádio Senado, Edson Gomes.