CRE debate imposição do governo Trump ao Brasil para renunciar a tratamento especial da OMC — Rádio Senado
Comissões

CRE debate imposição do governo Trump ao Brasil para renunciar a tratamento especial da OMC

Em audiência pública, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional debateu as consequências da renúncia do Brasil ao tratamento especial da Organização Mundial do Comércio (OMC) em troca do apoio americano ao ingresso brasileiro na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). O debate contou com a presença de representantes da Câmara de Comércio Exterior e Ministério das Relações Exteriores, entre outros. Saiba mais na reportagem de Poliana Fontenele.

13/06/2019, 17h39 - ATUALIZADO EM 13/06/2019, 17h39
Duração de áudio: 01:56
Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) realiza audiência pública para tratar sobre as consequências diplomáticas, econômicas e geopolíticas da renúncia do Brasil ao tratamento especial concedido a países em desenvolvimento na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Mesa:
coordenador-geral de Competitividade do Departamento de Comércio e Negociações Comerciais da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SCRI-Mapa), Carlos Halfeld;
secretário de Política Externa, Comercial e Econômica da Ministério das Relações Exteriores, embaixador Norberto Moretti;
presidente eventual da CRE, senador Jaques Wagner (PT-BA).

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A RENÚNCIA DO BRASIL AO TRATAMENTO ESPECIAL DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO FOI TEMA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES. LOC: IMPOSTA AO BRASIL PELO GOVERNO TRUMP, A RENÚNCIA SIGNIFICARIA O APOIO DOS ESTADOS UNIDOS AO INGRESSO BRASILEIRO NA ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, O-C-D-E. A REPORTAGEM É DE POLIANA FONTENELE. TÉC: A Comissão de Relações Exteriores debateu as consequências diplomáticas, econômicas e geopolíticas da renúncia do Brasil ao tratamento especial da OMC, Organização Mundial do Comércio. A renúncia aconteceu após imposição do Governo Trump em troca do apoio americano à pretensão brasileira de ingresso na OCDE, Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico. Para o senador Ângelo Coronel, do PSD da Bahia, essa relação brasileira com os Estados Unidos pode atrapalhar na parceria comercial com outros países, como a China. (Ângelo Coronel) Será que vale a pena para o Brasil comprar briga contra a China, nosso maior parceiro comercial, responsável pela nossa soja, hoje praticamente 80% da nossa produção é exportada para China, o nosso Ferro para China. Será que essa briga do Trump com Pequim, o Brasil deve entrar no meio? Se nós estamos numa paz dando certo nas nossas exportações, por que entrar nessa briga? (Repórter) Presente na audiência pública, o subsecretário de estratégia comercial da Secretaria-Executiva da Câmara de Comércio Exterior, Fernando Alcaraz defendeu o ingresso do Brasil na OCDE. (Fernando Alcaraz) Entrar na OCDE significa entrar num clube daqueles países que buscam melhores políticas públicas e o Brasil certamente se enquadra nessa categoria. Ou seja, eu acho que grande parte dos problemas que nós construímos ao longo dos anos, problemas econômicos, sociais, etc, deriva do fato que a gente tinha políticas públicas que não eram tão bem desenhadas, não tão bem adequadas para lidar com os problemas brasileiros. (Repórter) Ainda segundo Fernando Alcaraz, o ingresso na OCDE tem contribuído para um aumento no Produto Interno Bruto dos países membros, o que iria ser benéfico para o Brasil. Com supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado, Poliana Fontenele.

Ao vivo
00:0000:00