Senado ouve especialistas que negam ação do homem para mudanças climáticas

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LOC: O DEBATE SOBRE AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E O AQUECIMENTO GLOBAL DIVIDIU OS SENADORES EM AUDIÊNCIA NESTA TERÇA-FEIRA. LOC: SEGUNDO ESTUDOS DO ESPECIALISTA EM CLIMA, CARLOS MOLION O HOMEM NÃO TEM CAPACIDADE DE PRODUZIR IMPACTOS CLIMÁTICOS EM NÍVEIS GLOBAIS. REPORTAGEM DE JOSÉ ODEVEZA. Téc: As Comissões de Relações Exteriores e de Meio Ambiente fizeram uma audiência para discutir as mudanças no clima e o aquecimento global. Os senadores ouviram o professor Carlos Molion da Universidade Federal de Alagoas, que defende a tese de que o homem não possui forças para causar impactos a níveis globais. Segundo o estudioso a Terra já passou por níveis de aquecimentos mais altos do que os atuais e que essa ideia de responsabilizar o homem aumenta a desigualdade. (Carlos Molion) Catástrofes sempre existiram, com o clima quente o frio e vão continuar. O que não pode confundir é intensidade do fenômeno com a vulnerabilidade da sociedade. (LOC). O presidente da Comissão de Meio Ambiente, senador Fabio Contarato da Rede Sustentabilidade do Espírito Santo, discordou da palestrante e questionou se a ação do homem, mesmo não afetando o clima a nível global, não afeta as pequenas regiões, exemplificando a relação entre florestas brasileiras e a produção de água potável. (Fabio Contarato) Se o problema da alteração climática o homem não tem essa relação, qual é o papel da conservação dos nossos ambientes naturais? Me são muito claras a relação de conservação dos nossos ambientes naturais e a produção de água. Ou eu estou errado? (LOC) O presidente da audiência, senador Marcio Bittar do MDB do Acre destacou que o atual cenário internacional tem pressionando o Brasil de cuidar das áreas verdes na base do interesse econômico. (Marcio Bittar) É a Alemanha que faz o que faz no território dela e diz assim: “ Eu vou te dar um dinheiro pro fundo amazônico”. Agora veja não fala do Rio Tietê, não fala dos problemas ambientais mais graves, que o Brasil tem que é na área urbana. É para não mexer na Amazônia. É reserva de mercado. (LOC) O senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, lamentou a falta de um representante do Governo que falasse sobre o tema. (Alessandro Vieira) Da minha parte, interessa saber se esse Governo pretende ou não reduzir as emissões de CO2. Se pretende ou não adotar práticas mais saudáveis de consumo, que são questões que os senhores infelizmente não poderão responder porque estão fora da atribuição dos senhores. (LOC). Atualmente o Brasil ainda segue signatário do acordo de Paris, o maior tratado que discute as mudanças climáticas no mundo. As Comissões realizarão ainda outra audiência na próxima quinta-feira dia 30, para dar continuidade nos debates. Sob supervisão de Rodrigo Resende, da Radio Senado José Odeveza.