CDH debate efeitos da reforma da Previdência sobre o trabalho das mulheres — Rádio Senado
Audiência pública

CDH debate efeitos da reforma da Previdência sobre o trabalho das mulheres

As diferenças salariais e das condições de trabalho, principalmente no campo, marcaram a audiência pública da Comissão de Direitos Humanos (CDH) desta terça-feira (14) que debateu o impacto da reforma da Previdência (PEC 6/2019) na vida das mulheres. O presidente da comissão, senador Paulo Paim (PT-RS), lembrou que, no campo, muitas começam a trabalhar cedo, em atividades insalubres por mais de dez horas diárias. A reportagem é de Poliana Fontenele, da Rádio Senado

14/05/2019, 18h01 - ATUALIZADO EM 14/05/2019, 18h12
Duração de áudio: 01:55
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza audiência pública para tratar sobre: "Previdência e Trabalho", com foco nas Mulheres.

Mesa:
representante do Movimento Mulheres em Luta, Marcela Azevedo;
líder do Grupo Mulheres do Brasil, núcleo Brasília, Maria da Gloria Guimarães;
presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS);
coordenadora-geral de Assuntos e Desafios Socioculturais da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Gleyce Anne Cardoso;
assessor da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, Marcelo Couto Dias.

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: AS DIFERENÇAS DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO DAS MULHERES, PRINCIPALMENTE AS DO CAMPO, FORAM DESTACADAS DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS LOC: O TEMA FAZ PARTE DO CICLO DE DEBATES SOBRE PREVIDÊNCIA E TRABALHO, COMO INFORMA A REPÓRTER POLIANA FONTENELE. (Repórter) As diferenças salariais e das condições de trabalho, principalmente no campo, marcaram a audiência pública da Comissão de Direitos Humanos que debateu o impacto da reforma da previdência na vida das mulheres. O presidente da CDH, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, lembrou que, no campo, muitas começam a trabalhar ainda antes dos 14 anos, em atividades insalubres que ultrapassam até dez horas diárias. (Paulo Paim) Eu acho que vai ter uma diferença sim na área urbana e área rural em relação a mulher e o homem. E outra questão que preocupa muito também é atuação em área insalubre, penosa e periculosa, que pega também muito, principalmente as mulheres. Tem a questão da mulher grávida poder trabalhar em insalubre, o Supremo já está apontando caminhos que não pode, aqui também foi discutido (Repórter) Marcela Azevedo, representante do Movimento Mulheres em Luta, destacou que a reforma reforça a desigualdade de gênero. E afirmou que questões como a dupla jornada de trabalho e a rotina que por vezes exige a interrupção da atividade profissional devem ser levadas em conta na proposta. (Marcela Azevedo) Quando alguém da nossa família adoece, seja os pais, sejam os filhos, seja o marido. Quem tem que se afastar do emprego para cuidar da pessoa são as mulheres. E fora o próprio machismo que a gente encontra no mercado de trabalho, então tudo isso faz com que a gente tenha várias interrupções na nossa vida laboral que impedem que a gente consiga acumular o tempo de serviço de contribuição estabelecido hoje. Imagina ele aumentado aí para a idade, para o tempo, que se quer com essa proposta de reforma da Previdência. (Repórter) Também participaram da audiência pública representantes do Ministério da Mulher e do Grupo Mulheres do Brasil. O encontro faz parte do ciclo de debates da Comissão de Direitos Humanos sobre previdência e trabalho.

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