Senadores pedem fim da ditadura na Venezuela por meios diplomáticos — Rádio Senado
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Senadores pedem fim da ditadura na Venezuela por meios diplomáticos

A situação social e política na Venezuela continua instável. Os conflitos desta semana deixaram dezenas de feridos e duas mortes já confirmadas. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou durante reunião da Comissão de Relações Exteriores do Senado, que o Brasil não deve intervir militarmente, mas não pode apoiar o regime autoritário de Nicolás Maduro. A reportagem é de Floriano Filho.

02/05/2019, 16h04 - ATUALIZADO EM 02/05/2019, 16h04
Duração de áudio: 02:22
Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) realiza reunião com 7 itens. Entre eles, o PDL 57/2019, que aprova o texto do Acordo de Previdência Social entre a República Federativa do Brasil e a Confederação Suíça, assinado em Brasília, em 3 de abril de 2014.  Mesa: senador Lucas Barreto (PSD-AP); presidente da CRE, senador Nelsinho Trad (PSD-MS); senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).  Bancada: senador Acir Gurgacz (PDT-RO); senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) - em pronunciamento.  Foto: Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: VÁRIOS SENADORES SE MANIFESTARAM NESTA QUINTA-FEIRA DURANTE REUNIÃO DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES SOBRE O CASO DA VENEZUELA. LOC: NO GERAL, ENTENDEM QUE O BRASIL NÃO DEVE INTERVIR EM ASSUNTOS INTERNOS DE OUTROS PAÍSES. MAS NÃO PODE APOIAR A DITADURA INSTALADA EM CARACAS. A REPORTAGEM É DE FLORIANO FILHO. TÉC: A situação social e política na Venezuela continua instável. Os conflitos desta semana deixaram dezenas de feridos e duas mortes já confirmadas. O cenário econômico, por sua vez, é caótico em meio à maior recessão da história do país. Cinco anos de retração econômica combinaram hiperinflação, aumento da pobreza e êxodo de venezuelanos para países vizinhos como Colômbia e Brasil. Em 2018, a queda do PIB venezuelano foi de 18% e segundo o Banco Mundial pode cair mais 25% este ano. A inflação venezuelana deverá chegar a 10 milhões por cento até o fim de 2019. O governo dos Estados Unidos, grande importador do petróleo venezuelano, não descarta uma intervenção no vizinho brasileiro. Mas para o senador Randolfe Rodrigues, do Rede Sustentabilidade do Amapá, o Brasil deve manter a tradição de não intervir militarmente em assuntos de outros países. Mas, segundo afirmou na reunião da Comissão de Relações Exteriores do Senado, não deveria apoiar o regime autoritário de Nicolás Maduro. (Randolfe): A ditadura existente na Venezuela deve ser esgotada pelas pressões diplomáticas que o país tem que cumprir. (Rep): O senador Flávio Bolsonaro, do PSL do Rio de Janeiro, avalia que a situação na fronteira também é alarmante. (Flávio): A situação é muito, mas muito dramática em todos os segmentos. Seja na esfera da segurança, na esfera da saúde. Os hospitais estão tomados por venezuelanos que precisam desse atendimento. (Rep): O senador Álvaro Dias, do Podemos do Paraná, lamentou que o Brasil tivesse emprestado tanto dinheiro para o que ele classificou como ditadura bolivariana. Venezuela, Cuba e Moçambique devem cerca de um bilhão e setecentos milhões de reais ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES.

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