Senadores acompanham com preocupação crise na Venezuela à espera de uma solução negociada — Rádio Senado
Relações Exteriores

Senadores acompanham com preocupação crise na Venezuela à espera de uma solução negociada

O presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), classificou de preocupante a crise na Venezuela. Ao comentar o que chamou de radicalismo, Nelsinho Trad não acredita numa solução pacífica a curto prazo. O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), se manifestou contrariamente a qualquer tipo de intervenção militar na Venezuela. Já o senador Alvaro Dias (PODE-PR), disse que o Brasil deve respeitar a soberania do povo venezuelano e os tratados internacionais no sentido de não intervir militarmente no País vizinho. Repórter Hérica Christian.

30/04/2019, 19h13 - ATUALIZADO EM 30/04/2019, 19h13
Duração de áudio: 02:31
Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) realiza reunião deliberativa com 08 itens. Entre eles, o PLS 213/2015, que dá às mulheres direito de opção ao serviço militar. 

À mesa, presidente da CRE, senador Nelsinho Trad (PSD-MS).

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES ACOMPANHAM COM PREOCUPAÇÃO CRISE NA VENEZUELA À ESPERA DE UMA SOLUÇÃO NEGOCIADA. LOC: ELES DESCARTAM QUALQUER TIPO DE INTERVENÇÃO MILITAR DE OUTROS PAÍSES. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: O presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Nelsinho Trad, do PSD de Mato Grosso do Sul, avalia que houve radicalismo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e do presidente autoproclamado, Juan Guaidó. O líder da oposição disse ter apoio dos militares para assumir o comando do País. Mas o sucessor de Hugo Chavez também convocou aliados alegando estar com as Forças Armadas. Nelsinho Trad espera que os confrontos nas ruas de Caracas não se transformem em uma guerra civil. E diante do que chamou de radicalismo revelou estar pessimista quanto a uma solução política a curto prazo. (Nelsinho) Infelizmente, eu não entendo que isso possa ocorrer através de um entendimento. A gente sente o clima. Existe lá uma rebelião, o governo tenta restabelecer a ordem e já há notícias de enfrentamentos com vítimas inclusive, imagens fortes de carros blindados passando em cima de pessoas. REP: Outro integrante da Comissão de Relações Exteriores, senador Antonio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais, se manifestou contrariamente a qualquer tipo de intervenção militar de outros países, a exemplo do Brasil ou dos Estados Unidos, na Venezuela. (Anastasia) Não posso concordar, pelo menos é a minha posição pessoal, com uma intervenção estrangeira porque de fato é uma matéria interna. Nós estamos vendo aqui questões de ordem humanitária. A não ser que comece haver de fato uma situação muito grave de guerra civil, e aí não sabemos o que vai acontecer. Mas eu ainda espero que isso não ocorra eu acho que a própria sociedade venezuelana chegará ao momento de identificar uma saída adequada. REP: O senador Alvaro Dias, do Podemos do Paraná, disse que o Brasil deve respeitar a soberania do povo venezuelano e os tratados internacionais no sentido de não intervir militarmente no País vizinho. (A.Dias) Hoje não há muito que fazer. Nós temos que protestar, nos alinharmos a outras Nações que protestam, buscar por intermédio de organismos internacionais alternativas de entendimento, de superação desse impasse. Mas, individualmente, isoladamente, o Brasil quase nada pode fazer esse momento. REP: Brasil, Estados Unidos e Colômbia declararam apoio a Juan Guaidó, enquanto Rússia, Bolívia e Cuba saíram em defesa de Nicolás Maduro. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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