Aumento da taxa de juros para produtor rural é debatido em audiência pública
A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) debateu em audiência pública o crédito rural e o seguro agrícola. Na avaliação do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), o setor agrícola não suporta aumentos nas taxas de juros para crédito rural. Já o representante do Ministério da Agricultura, Eduardo Marques, avalia ser melhor aumentar as taxas de juros, desde que o volume de recursos cresça.
![Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) realiza audiência pública interativa para tratar sobre crédito rural e seguro agrícola.
Mesa:
presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Bartolomeu Braz Pereira;
diretor executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única), Eduardo Luís Leão de Sousa;
subsecretário de Política Agrícola e Meio Ambiente do Ministério da Economia (ME), Rogério Boueri Miranda;
presidente da CRA, senadora Soraya Thronicke (PSL-MS);
secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eduardo Sampaio Marques;
superintendente técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Barcelos Lucchi;
consultor de crédito rural da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Ademiro Vian;
vice-presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho.
Foto: Jane de Araújo/Agência Senado Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) realiza audiência pública interativa para tratar sobre crédito rural e seguro agrícola.
Mesa:
presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Bartolomeu Braz Pereira;
diretor executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única), Eduardo Luís Leão de Sousa;
subsecretário de Política Agrícola e Meio Ambiente do Ministério da Economia (ME), Rogério Boueri Miranda;
presidente da CRA, senadora Soraya Thronicke (PSL-MS);
secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eduardo Sampaio Marques;
superintendente técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Barcelos Lucchi;
consultor de crédito rural da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Ademiro Vian;
vice-presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho.
Foto: Jane de Araújo/Agência Senado](https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/2019/04/10/cra-debateu-credito-rural-e-seguro-da-safra-em-audiencia-publica/47580567371_b3e971f57d_o.jpg/@@images/d42176d3-2277-486e-86cf-4b54b1ecb7ac.jpeg)
Transcrição
LOC: REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA DEFENDEU AUMENTO DE TAXAS DE CRÉDITO PARA O PRODUTOR RURAL, DESDE QUE O VOLUME DE RECURSOS PARA O SETOR PERMANEÇA OU AUMENTE.
LOC: O ASSUNTO FOI TEMA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE AGRICULTURA. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES.
TÉC: O senador Luis Carlos Heinze, do PP gaúcho, que pediu o debate na Comissão de Agricultura, observou que apenas metade dos recursos destinados à agricultura tem sido aplicados. E ele teme que haja aumento de taxas de juros para empréstimos aos produtores rurais.
(Heinze): “Nós pegamos aqui 16/17, foram 188 milhões para a agricultura empresarial e 26 para a agricultura familiar. Foram só aplicados 50%. E a taxa de juro: nós tínhamos do Pronaf de 2,5 a 4,5. E da mesma forma, da agricultura empresarial ou da média agricultura varia de 6 a praticamente 9,5%, são essas taxas. Não tem como a gente fazer esses valores aumentarem. A agricultura brasileira não aguenta”.
(Rep): Mas na opinião do representante do Ministério da Agricultura, Eduardo Sampaio Marques, é melhor ter aumento das taxas de juros e aumentar o volume de recursos disponíveis. E citou o Programa Moderfrota, que financia a compra de máquinas agrícolas, que tinha taxa de sete e meio por cento em 2017/2018.
(Marques): “Entre manter juros e manter recursos; ou abaixar juros, mas ser forçado a abaixar recursos; ou ter que suportar um pouco de aumento de juros, para com isso eu alavancar um pouco mais de recursos, eu optaria pela terceira opção. Então, a reflexão: se eu passasse a taxa de 7,5 para 8,5 ia ter um impacto na venda de máquinas? Certamente que sim. Mas eu tirar dois bilhões e meio do mercado não é um impacto muito maior?”.
(Rep): O Plano Safra foi criado quando o Brasil era importador de alimentos, disse o representante do Ministério da Economia, Rogério Miranda. Ele defende mudanças no programa, mas de forma gradual, para não comprometer a produção agrícola.
(Miranda): “Não é possível a gente fazer mexidas bruscas. A política agrícola brasileira é um transatlântico, não é um jetsky. Tem que se fazer mudanças paulatinas e, paralelamente, ir habilitando a agrícola brasileira”.
(Rep): Também participaram do debate representantes da CNA, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil; da OCB, Organização das Cooperativas Brasileiras; e de representantes de associações de produtores de soja, arroz e cana-de-açúcar. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.