Empréstimos de bancos oficiais voltam ao debate político em 2019 — Rádio Senado
BNDES

Empréstimos de bancos oficiais voltam ao debate político em 2019

A equipe econômica calcula que os bancos públicos terão que devolver R$ 84 bilhões ao Tesouro Nacional durante o governo de Jair Bolsonaro. Os novos presidentes dessas instituições financeiras tomaram posse esta semana e prometeram dar total transparência a essas operações. No caso do BNDES, um dos senadores que mais falaram sobre o assunto na época foi Álvaro Dias (PODE-PR). Ele afirmou que ocorreu um esquema de corrupção que provocou um rombo bilionário nas contas públicas.
08/01/2019, 13h10 - ATUALIZADO EM 08/01/2019, 16h10
Duração de áudio: 02:08
Rio de Janeiro, Brazil, November 23, 2005 – Facade of BNDES (Brazil's state-owned bank of development) headquarters in Rio de Janeiro
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Transcrição
LOC: BANCOS OFICIAIS TERÃO QUE DEVOLVER O QUE RECEBERAM DO TESOURO NACIONAL PARA FAZER EMPRÉSTIMOS A JUROS BAIXOS. LOC: A EQUIPE ECONÔMICA PROMETEU REVELAR OPERAÇÕES DE CRÉDITO QUE TERIAM CAUSADO PREJUÍZOS ÀS CONTAS PÚBLICAS, COMO JÁ FOI DISCUTIDO NO SENADO EM 2018. A REPORTAGEM É DE FLORIANO FILHO. TÉC: O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito do BNDES foi apresentado no Senado em março de 2018. Criada no ano anterior, ela apurou supostas irregularidades em empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento a grandes empresas e até a outros países. Um dos senadores que mais falou sobre o assunto na época foi Álvaro Dias, do Podemos do Paraná. Ele afirmou que ocorreu um esquema de corrupção que provocou um rombo bilionário nas contas públicas que os brasileiros levarão décadas para pagar. (Álvaro Dias) Foram 716 bilhões de reais. 200 e poucos bilhões do FGTS, do FAT, do PIS-Pasep, portanto do trabalhador brasileiro. E mais de 400 bilhões de reais do Tesouro Nacional. (Repórter) Como o governo não tinha todo esse dinheiro, foram emitidos títulos com juros de mercado. Depois foram feitos empréstimos com juros mais baixos e a dívida ficou com a sociedade. Os novos presidentes de bancos oficiais, que também incluem Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, tomaram posse esta semana e prometeram dar total transparência a essas operações. O compromisso foi tornado público durante a cerimônia de posse pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. (Jair Bolsonaro) “Aqueles que foram a essas instituições, por serem amigos do rei, buscar privilégios, ninguém vai persegui-los, mas esses atos, essas ações, esses contratos se tornarão públicos." (Repórter) A equipe econômica calcula que os bancos públicos terão que devolver 84 bilhões de reais ao tesouro nacional durante o governo de Jair Bolsonaro. Da Rádio Senado, Floriano Filho.

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