CRE debate cessar-fogo no Iêmen e alerta para uma das piores crises humanitárias no mundo hoje — Rádio Senado
Relações Exteriores

CRE debate cessar-fogo no Iêmen e alerta para uma das piores crises humanitárias no mundo hoje

Segundo a agência noticiosa das Nações Unidas o Iêmen enfrenta a pior crise humanitária no mundo hoje, com quase nove milhões de pessoas passando fome. A guerra no país é entre os combatentes pró-Governo apoiados por uma coligação árabe e os houtis, que pertencem a um movimento político-religioso de crença islâmica. O governo denunciou a quebra do cessar-fogo negociado na cidade portuária de Hodeida. O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador Fernando Collor (PTC-AL) destacou que o porto é vital para a chegada de ajuda humanitária ao país, que está em guerra civil desde 2015. A reportagem é de Floriano Filho, da Rádio Senado.

20/12/2018, 12h42 - ATUALIZADO EM 20/12/2018, 12h42
Duração de áudio: 02:29
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A QUEBRA DO CESSAR-FOGO NO IÊMEN TORNA MAIS DISTANTE SOLUÇÃO PARA UMA DAS PIORES CRISES HUMANITÁRIAS NO MUNDO. LOC: A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES DISCUTIU A CAÓTICA SITUAÇÃO DO PAÍS VIZINHO DA ARÁBIA SAUDITA. REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) A guerra no Iêmen, que se transformou em crise humanitária de proporções gigantescas, tem basicamente dois polos opostos. De um lado estão combatentes pró-Governo apoiados por uma coligação liderada pela Arábia Saudita. Do outro, estão os rebeldes houthis, que pertencem a um movimento político-religioso de crença islâmica. Militares pró-Governo do Iêmen foram os primeiros a denunciar a quebra do cessar-fogo negociado na cidade portuária de Hodeida. Eles acusaram os rebeldes houthis de lançarem novos ataques poucos minutos depois do horário negociado para o acordo entrar em vigor. O cessar-fogo tinha sido negociado na segunda semana de dezembro em Estocolmo, na Suécia, com ajuda de representantes das Nações Unidas. A cidade de Hodeida abriga um dos portos mais importantes do Iêmen. Praticamente dois terços da população iemenita dependem das importações portuárias em Hodeida, por onde entram alimentos, combustível e remédios no país. Durante reunião da Comissão de Relações Exteriores, o presidente do colegiado, senador Fernando Collor, do PTC de Alagoas, reforçou a importância do porto para a população do Iêmen. (Fernando Collor) O porto também é vital para a chegada de ajuda humanitária ao país, que está em guerra civil desde 2015 e sofre uma das maiores crises humanitárias do mundo. (Repórter) Fernando Collor também mencionou o relato do negociador britânico das Nações Unidas, Martin Griffiths, quando o cessar-fogo ainda parecia que iria funcionar. (Fernando Collor) Ocorreram conflitos localizados nas primeiras horas do cessar-fogo, mas (...) os confrontos na cidade de Hodeida já haviam se tornado menos intensos e o cessar-fogo parecia estar funcionando. (Repórter) Segundo a agência noticiosa das Nações Unidas, o Iêmen enfrenta a pior crise humanitária no mundo hoje, com quase nove milhões de pessoas passando fome. Outros 10 milhões correm o risco de ficar na mesma situação. Da Rádio Senado, Floriano Filho.

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