Marielle Franco é homenageada com diploma mulher-cidadã
#16DiasDeAtivismo: Marielle Franco foi homenageada in memoriam com o Diploma “Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós”, da Câmara dos Deputados. Na solenidade, a mãe da vereadora, Marinete Silva, lembrou a trajetória da filha na defesa dos Direitos Humanos. Outras quatro personalidades foram agraciadas: Alzira Soriano (in memoriam), primeira prefeita do Brasil; Mônica Spada (Projeto “Donas da Rua”/ONU Mulheres); e as juízas Renata Gil de Alcântara, primeira mulher a presidir Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro; e Ana Cristina Blasi (SC), do projeto “Mulheres na política: elas podem, o Brasil precisa”.
Transcrição
LOC: MARIELLE FRANCO FOI HOMENAGEADA NA ENTREGA DO DIPLOMA “MULHER-CIDADÃ CARLOTA PEREIRA DE QUEIRÓS”, DA CÂMARA DOS DEPUTADOS.
LOC: A SOLENIDADE FEZ PARTE DA PROGRAMAÇÃO DO CONGRESSO NA CAMPANHA “16 DIAS DE ATIVISMO PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER”. A REPORTAGEM É DE EDSON GOMES:
TÉC: A médica e pedagoga paulista, Carlota Pereira de Queirós, foi a primeira brasileira a ser eleita deputada federal, em 1933. Ela dá nome ao prêmio criado pela Câmara dos Deputados como forma de reconhecer o trabalho de pessoas que se destacam na luta pela cidadania plena, igualdade e direitos da mulher. Em 2018, dois dos cinco prêmios foram in memoriam: um, para Alzira Soriano, primeira mulher eleita para um cargo executivo, como prefeita da cidade de Lajes, no Rio Grande do Norte, em 1928. E o outro, dedicado a Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro assassinada em março. A mãe dela, Marinete Silva, recebeu o diploma e lembrou a trajetória de Marielle na defesa dos Direitos Humanos:
(Marinete): Ela fez a diferença, uma mulher de periferia, uma negra que vem da favela da maré, desde de muito cedo ela já conseguia liderar, trabalhou cedo, foi uma menina que foi estagiária muito cedo com 11 anos, casou cedo, foi mãe cedo demais, e também liderou como defensora dos direitos humanos, como uma ativista, por 10 anos uma comissão dentro do Rio de Janeiro. É essa história que a gente vem contar e refletir o porquê de uma tragédia tão grande que aconteceu com a Marielle
(Repórter) Também receberam o Diploma “Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós”, a diretora-executiva da Maurício de Sousa Produções, Mônica Spada, pelo projeto “Donas da Rua”, em parceria com a “ONU Mulheres”; e as juízas Renata Gil de Alcântara, primeira mulher a presidir Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro; e Ana Cristina Blasi, de Santa Catarina, pelo projeto “Mulheres na política: elas podem, o Brasil precisa”. Para a presidente da Comissão de Defesa da Mulher, deputada Ana Perugini, do PT paulista, é preciso reconhecer o trabalho de mulheres pelas mulheres:
(Deputada): Mulheres que contribuíram, trazendo uma diferença para a vida das mulheres no brasil hoje. Nós tivemos agraciada a primeira prefeita na história do nosso país, tivemos agraciada a Marielle, Marielle Franco que morreu lutando, uma vereadora muito combativa na luta pelos direitos humanos. Todas mulheres que fizeram diferença na história do nosso país de uma forma ou de outra.
(Repórter) O Prêmio Diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós já homenageou trinta e cinco mulheres, desde a sua criação, em 2003. Com supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado, Edson Gomes.