Collor manifesta preocupação com saída dos EUA de pacto de migração — Rádio Senado
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Collor manifesta preocupação com saída dos EUA de pacto de migração

O Pacto Global de Migração será proposto agora em dezembro durante conferência das Nações Unidas em Marraquexe, no Marrocos. O documento tem 23 objetivos para aumentar a cooperação internacional que reduza a migração e a detenção de migrantes. O presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Fernando Collor (PTC-AL), afirmou que vários países já se retiraram das negociações e mencionou a crise migratória enfrentada na fronteira entre Estados Unidos e México.

26/11/2018, 12h40 - ATUALIZADO EM 26/11/2018, 14h48
Duração de áudio: 02:33
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: PARA O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES A PROPOSTA DE UM PACTO GLOBAL PARA A MIGRAÇÃO CORRE O RISCO DE NÃO SAIR DO PAPEL. LOC: ESSE FOI UM DOS ASSUNTOS ANALISADOS NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES DURANTE A RECENTE REUNIÃO DO COLEGIADO. REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) O Pacto Global de Migração é uma proposta das Nações Unidas. Ela será apresentada agora em dezembro durante conferência internacional em Marraquexe, no Marrocos. O documento tem 23 objetivos para aumentar a cooperação internacional que reduza a migração e a detenção de migrantes. É uma tentativa de enfrentar uma das maiores crises migratórias na história mundial que vem afetando várias partes do planeta. Em dezembro de 2017 os Estados Unidos saíram das negociações. Em meados deste ano foi a vez da Hungria e da Áustria se retirarem. Austrália e Bulgária expressaram preocupações com o acordo. Por enquanto a Alemanha mantém o compromisso com a iniciativa. O presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Fernando Collor, do PTC de Alagoas, mencionou a crise migratória enfrentada na fronteira entre Estados Unidos e México e explicou por que os norte-americanos saíram do acordo. (Fernando Collor) Muitas provisões do documento eram – palavras deles – "incompatíveis com as políticas de imigração e refugiados dos Estados Unidos", sob, naturalmente, a atual administração. (Repórter) Fernando Collor informou que o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu também anunciou que Israel não irá assinar o pacto. O senador alagoano disse que a justificativa israelense é proteger as fronteiras contra o que considera "invasores ilegais". (Fernando Collor) Muitos refugiados africanos, em especial fugindo da guerra no Sudão e na Eritreia, começaram a entrar em Israel em 2005, através da fronteira porosa com o Egito. Milhares entraram no país assim, até Israel terminar em 2012 a construção de uma barreira. (Repórter) Cerca de sete mil e quinhentos migrantes vindos da América Central já chegaram na fronteira entre Estados Unidos e México. O governo norte-americano reforçou a segurança militar na fronteira, mas centenas estão tentando pular os muros e entrar no sul da Califórnia.

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