Collor comenta crise gerada por assassinato de jornalista em embaixada da Arábia Saudita
Após ser pressionado pela comunidade internacional, o governo da Arábia Saudita decidiu investigar o assassinato na Turquia do jornalista árabe Jamal Khashoggi. O presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Fernando Collor (PTC-AL), avalia que a situação virou um problema geopolítico depois que o presidente da Turquia, Recep Erdogan, passou a exigir uma solução para o caso. A reportagem é de Floriano Filho, da Rádio Senado.
Transcrição
LOC: O ASSASSINATO DE UM JORNALISTA ÁRABE NA TURQUIA ESTÁ SE TRANSFORMANDO EM MAIS UMA CRISE GEOPOLÍTICA NO ORIENTE MÉDIO QUE TAMBÉM ENVOLVE PAÍSES DE OUTRAS REGIÕES DO PLANETA.
LOC: ESSE FOI UM DOS ASSUNTOS ANALISADOS NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES NESTA TERÇA-FEIRA. REPÓRTER FLORIANO FILHO.
(Repórter) Autoridades de segurança da Turquia teriam vazado áudios do assassinato do jornalista árabe Jamal Khashoggi, que residia nos Estados Unidos. Ele era um crítico do regime autoritário da Arábia Saudita e desapareceu no início do mês dentro da embaixada saudita em Istambul. Após ser pressionado pela comunidade internacional e, em particular, pela Rússia, Turquia e Estados Unidos, o governo liderado pelo príncipe herdeiro Mohamad bin Salman anunciou a investigação do assassinato. A declaração foi uma mudança de postura em relação a uma série de anúncios contraditórios feitos anteriormente. Segundo o presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Fernando Collor, do PTC de Alagoas, o governo árabe nega qualquer envolvimento da família real saudita no caso.
(Fernando Collor) A Arábia Saudita tem negado veementemente ligações do príncipe herdeiro com o assassinato de Khashoggi apesar de que um dos suspeitos foi identificado pela Turquia como membro da equipe de segurança de Mohammad bin Salman.
(Repórter) Fernando Collor disse que o assassinato provocou retaliações comerciais por parte de diferentes países. E explicou que a situação se transformou num problema geopolítico depois que o presidente da Turquia, Recep Erdogan, exigiu uma solução para o caso.
(Fernando Collor) Crítico ferrenho da nação árabe e aliado de seu rival regional, o Irã, Erdogan exigiu que a Arábia Saudita revele quem são os responsáveis e a localização dos restos mortais de Jamal Khashoggi.
(Repórter) Ainda nesta reunião, a Comissão de Relações Exteriores aprovou a indicação do diplomata Eduardo Botelho Barbosa para a Embaixada do Brasil na Sérvia e em Montenegro. O Colegiado também chancelou um acordo de cooperação educacional no Mercosul e um tratado aéreo com Cabo Verde, na África.
MSF 72/2018, PDS 103/2018, PDS 106/2018