Senadores alertam para influência de notícias falsas nas eleições — Rádio Senado
Fake news

Senadores alertam para influência de notícias falsas nas eleições

Assim como já havia acontecido nas eleições para a Presidência dos Estados Unidos, o processo eleitoral no Brasil também está acontecendo ao meio de denúncias de notícias falsas. Alguns senadores estão alertando para esse risco e as agências especializadas em conferir se as notícias são verdadeiras ou falsas sugeriram ao Tribunal Superior Eleitoral um trabalho conjunto para minimizar o impacto das mentiras no segundo turno.

27/10/2018, 13h00 - ATUALIZADO EM 26/10/2018, 17h52
Duração de áudio: 01:59
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Transcrição
SENADORES ALERTARAM PARA A MÁ INFLUÊNCIA DAS NOTÍCIAS FALSAS NAS ELEIÇÕES. E AGÊNCIAS QUE CHECAM INFORMAÇÕES PROPUSERAM AO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL UMA PARCERIA NO COMBATE ÀS MENTIRAS NESTA RETA FINAL DO SEGUNDO TURNO. LARISSA BORTONI. (Repórter) Nas últimas eleições presidenciais nos Estados Unidos, em novembro de 2016, houve uma série de denúncias da influência de notícias falsas na disputa. Uma análise da agência norte-americana BuzzFeed News apontou que as informações erradas tiveram mais alcance no Facebook do que as de grandes veículos de comunicação, como o New York Times. Dois anos depois, as fake news no período eleitoral também ganharam destaque aqui no Brasil. São muitas as denúncias e como combater essa prática tem sido uma preocupação dos senadores. Para Ana Amélia, do PP do Rio Grande Sul, em uma situação de mentira não há ganhadores. (Ana Amélia) Fake news não é bom para nenhum lado. Portanto, quem acusa a fake news, quem se diz prejudicado por ela não pode usá-la como arma para atacar o inimigo. (Repórter) O senador Jorge Viana, do PT acriano, alerta não ser possível admitir que a invenção tenha mais destaque do que a realidade. (Jorge Viana) É muito perigoso esse momento que estamos vivendo, em que a destruição de pessoas é feita por conta de versões e os fatos são deixados à margem. (Repórter) Já Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, destaca a dificuldade de fiscalização, quando as mentiras são disseminadas por redes fechadas, como o Whatsapp. (Gleisi Hoffmann) Dessa maneira é possível difundir mentiras e distorções para milhões de usuários, sem que a comunicação possa ser notada por terceiros, por fiscalização de quem quer que seja. (Repórter) Na tentativa de reduzir o impacto das fake news no segundo turno das eleições, alguns sites especializados em checar notícias e boatos apresentaram ao Tribunal Superior Eleitoral uma série de propostas. Uma delas é um canal direto de comunicação entre o TSE e as agências de checagem. Assim, seria possível verificar mais rapidamente se as informações divulgadas em redes sociais são verdades ou mentiras.

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