Senadores divergem sobre resultados da intervenção federal no RJ
Os senadores Jorge Viana (PT-AC) e Ana Amélia (PP-RS) têm opiniões bem diferentes sobre os resultados da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Para Viana, a decisão foi desastrosa e não resolveu o problema. Já Ana Amélia citou a redução dos casos de roubos a carteiros e veículos dos Correios para afirmar que a intervenção foi positiva.
![Rio de Janeiro -21 03 2018 Uma comissão de inspetores do Gabinete de Intervenção Federal (GIF), liderada pelo chefe do GIF, General Mauro Sinott, no Batalhão de Operacõess Policiais Especiais (BOPE) da Policiacia Militar do Estado do Rio de Janeiro, na zona sul da cidade (Tania Rego Agencia Brasil) Rio de Janeiro -21 03 2018 Uma comissão de inspetores do Gabinete de Intervenção Federal (GIF), liderada pelo chefe do GIF, General Mauro Sinott, no Batalhão de Operacõess Policiais Especiais (BOPE) da Policiacia Militar do Estado do Rio de Janeiro, na zona sul da cidade (Tania Rego Agencia Brasil)](https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/2018/10/24/senadores-divergem-sobre-resultados-da-intervencao-federal-na-seguranca-do-rj/vai1.jpg/@@images/201af67f-ebf8-4fb9-aa08-76196902c508.jpeg)
Transcrição
LOC: SENADORES DIVERGEM SOBRE RESULTADOS DA INTERVENÇÃO FEDERAL NO RIO DE JANEIRO.
LOC: DECRETADA PELO PRESIDENTE MICHEL TEMER EM FEVEREIRO, A INTERVENÇÃO NA ÁREA DE SEGURANÇA PÚBLICA DO ESTADO ESTÁ PREVISTA PARA DURAR ATÉ 31 DE DEZEMBRO. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI:
TÉC: O governo federal já tem em mãos um relatório sobre a intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro para ser repassado ao presidente eleito. O objetivo é que o futuro ocupante do Palácio do Planalto saiba o que já foi feito, o que ainda está em andamento e o que precisa ser mantido depois de 31 de dezembro, quando está previsto o fim da intervenção. O resultado das ações nesses oito meses divide a opinião dos senadores. Jorge Viana, do PT do Acre, lembra que há relatos de violação de direitos humanos durante a intervenção federal e avalia que a decisão foi desastrosa:
(JORGE VIANA): A intervenção militar na área de segurança no Rio foi uma tragédia. Não resolveu, como não resolveria de jeito nenhum, a não ser que fosse com um espírito de cooperação, como nós queremos, na área de fronteira, com as Forças Armadas atuando com as forças de segurança do Estado, com a Polícia Federal, com a Polícia Rodoviária Federal. E não uma ação política como foi feita no Rio de Janeiro, uma ação política perversa.
(MAURÍCIO): Já a senadora Ana Amélia, do PP gaúcho, destacou a redução dos índices de criminalidade e citou como exemplo a diminuição dos casos de roubos a carteiros e veículos dos Correios. Ela ressaltou ainda o compromisso dos comandantes militares com a democracia:
(ANA AMÉLIA): Os comandantes militares têm o compromisso reafirmado com a democracia, com a estabilidade, com a legalidade e com a institucionalidade do País. Não há outra forma! Eles têm essa convicção e têm reafirmado esses compromissos democráticos. Nós não podemos querer criar um fantasma que não vai se afirmar nem trazer tranquilidade à Nação.
(MAURÍCIO): Enquanto durar a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, o Congresso fica impedido de analisar qualquer mudança na Constituição, como é o caso da reforma da Previdência. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.