Senado avalia propostas para combater a obesidade
O dia mundial da obesidade ocorrido neste mês foi um alerta para a epidemia que atinge cada vez mais o Brasil. Entre 2006 e 2016, a população obesa no país passou de quase 12% para quase 19%. Um projeto de lei em análise no Senado obriga os fabricantes de bebidas alcóolicas a informarem no rótulo a quantidade de calorias e os nutrientes do produto.
Transcrição
LOC: O DIA MUNDIAL DA OBESIDADE OCORRIDO NESTE MÊS SERVIU COMO ALERTA PARA UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA QUE CADA VEZ MAIS TAMBÉM ATINGE O BRASIL.
LOC: ALGUNS PROJETOS DE LEI EM ANÁLISE PELO SENADO TENTAM AJUDAR NO COMBATE À EPIDEMIA. REPÓRTER FLORIANO FILHO.
(Repórter) A epidemia da obesidade afeta uma em cada dez pessoas no mundo. De acordo com pesquisadores internacionais, em 2015 o problema já atingia mais de 700 milhões de adultos e crianças em todo o mundo. Além das pessoas obesas, mais de dois bilhões estão com excesso de peso. Um em cada cinco brasileiros já sofre com o problema. Segundo o Ministério da Saúde, entre 2006 e 2016, a população obesa no Brasil passou de quase 12% para quase 19%. Instituições de saúde explicam que uma das principais causas para esse quadro são os maus hábitos alimentares. Entre os vilões estão os aditivos e açúcares, especialmente em refrigerantes e bebidas alcóolicas. Um projeto de lei, já aprovado pela Comissão de Defesa do Consumidor do Senado e que seguiu para a Comissão de Assuntos Sociais, obriga os fabricantes de bebidas alcóolicas a informarem no rótulo a quantidade de calorias e os nutrientes do produto. Esse tipo de exigência já existe para sucos, refrigerantes e iogurtes. Para a senadora Regina Sousa, do PT do Piauí, ainda falta informação na sociedade sobre a gravidade do problema.
(Regina Sousa) Talvez nem fosse preciso lei, se a gente tivesse essa consciência. Então, a gente tem que ter essas armas, esses instrumentos que possam coibir. (Repórter) Outro projeto, apresentado pelo senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, proíbe a venda de refrigerantes, sucos e chás açucarados em escolas.
(Lindbergh Farias) Você sabe que no Brasil a gente dá subsídio, não é? Cada lata de refrigerante, 15 centavos é dinheiro público. (...) Enquanto no mundo inteiro o que cresce é uma política de aumentar tributos para refrigerantes, bebidas açucaradas. E nós estamos falando de crianças.
(Repórter) A proposta que proíbe bebidas açucaradas em escolas também está em análise na Comissão de Assuntos Sociais. Da Rádio Senado, Floriano Filho.
PLS 360/2014, PLS 346/2018