Cientista político aponta baixa renovação no Senado — Rádio Senado
Eleições 2018

Cientista político aponta baixa renovação no Senado

O cientista político Paulo Kramer avaliou que o Senado não deverá contar com ampla renovação nas eleições deste ano. Ao analisar algumas pesquisas de intenção de votos, ele observou que apenas 12 dos eleitos devem ser novatos. Os demais, das 51 cadeiras na disputada, devem ser ex-governadores, ex-senadores e integrantes de famílias tradicionais na política, além dos senadores que devem se reeleger.  Ele chama atenção para que os eleitores se lembrem que neste ano deverão escolher dois senadores, pois em muitos casos a segunda vaga segue indefinida.

26/09/2018, 18h03 - ATUALIZADO EM 26/09/2018, 18h49
Duração de áudio: 02:05
Fachada do Congresso Nacional, sede das duas Casas do Poder Legislativo brasileiro. Obra do arquiteto Oscar Niemeyer. 

As cúpulas abrigam os plenários da Câmara dos Deputados (côncava) e do Senado Federal (convexa), enquanto que nas duas torres - as mais altas de Brasília, com 100 metros - funcionam as áreas administrativas e técnicas que dão suporte ao trabalho legislativo diário das duas instituições. 

Foto: Leonardo Sá/Agência Senado
Foto: Leonardo Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: PESQUISAS ELEITORAIS APONTAM QUE NÃO HAVERÁ RENOVAÇÃO NO TAMANH O DAS BANCADAS DE SENADORES. LOC: OS LEVANTAMENTOS MOSTRAM QUE DEVERÁ AUMENTAR O NÚMERO DE PARTIDOS NO SENADO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: Se as eleições fossem hoje, o Senado não teria uma renovação significativa. Segundo pesquisas de intenção de votos, pelo menos 22 senadores conseguirão a reeleição, 8 ex-senadores voltarão, 7 são ex-governadores e 7 são de famílias tradicionais na política. Ao citar que de novatos, serão apenas 12, o analista político, Paulo Kramer, comentou que o financiamento público e a redução do tempo de campanha dificultaram a vida dos candidatos novos. Ele destacou que as pesquisas mostram que os primeiros colocados ao Senado estão isolados, enquanto os segundos estão indefinidos com quase metade das intenções de voto dos líderes. Para Paulo Kramer, esses resultados parciais sinalizam que o eleitor se esquece de que serão eleitos dois senadores, que não têm nada a ver com suplentes. (Kramer) “Geralmente, esse primeiro voto é o do candidato mais conhecido. E o segundo voto,nós temos diferentes situações. Candidatos menos conhecidos disputando segundo voto e em alguns casos ao contrário. São candidatos que por serem conhecidos até demais estão encontrando problemas. As pesquisas mostram ainda que na correlação de forças, MDB, PSDB e PT deverão se consolidar como as maiores bancadas. Paulo Kramer chamou atenção para o aumento da quantidade de partidos, que pularão de 18 para 24. (Kramer) Mais trabalho para o próximo presidente da República,repito seja ele quem for para organizar uma maioria que lhe permita governar. No presidencialismo à brasileira, diferentemente do Parlamentarismo clássico, não é a maioria do Congresso que forma o governo. É o Executivo que é obrigado a formar a maioria pelas vias que nós conhecemos: distribuição de emendas orçamentárias e distribuição de cargos no Executivo. REP: Mantida esta previsão, o MDB deverá indicar o candidato à presidência do Senado. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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