Senador analisa cooperação com Guiné-Bissau e perdão da dívida do país africano

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LOC: APÓS PERDÃO DE 95% DA DÍVIDA DE GUINÉ-BISSAU COM O BRASIL, O PAÍS AFRICANO AINDA PODERÁ PARCELAR O RESTANTE EM ATÉ VINTE VEZES. LOC: A COOPERAÇÃO COM O PAÍS AFRICANO FOI ANALISADA NESTA SEMANA NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES DO SENADO. REPÓRTER FLORIANO FILHO. TÉC: A África é o principal destino da cooperação brasileira. Os setores beneficiados incluem agricultura, energia e saúde. No caso da Guiné-Bissau, os valores investidos pelo governo brasileiro chegam a 2 milhões e 200 mil dólares. Mais de 80% desses recursos vão para projetos de formação profissional pelo Senai, processamento de frutas tropicais, diagnóstico do HIV e aprimoramento de instituições eleitorais. Também existem cooperações trilaterais em parceria com organismos das Nações Unidas como Unesco e FAO, nas áreas de educação, segurança alimentar e segurança pública. O país africano ocupa o segundo lugar em participantes nos chamados programas Estudantes-Convênio, com 1.391 alunos desde o ano 2000. Esses programas foram criados em 1965 para que estudantes de países em desenvolvimento pudessem realizar os estudos em faculdades brasileiras. A Guiné-Bissau tem uma dívida de quase 39 milhões de dólares que o governo brasileiro está tentando resolver, como lembrou o senador Lasier Martins, do PSD do Rio Grande do Sul. (Lasier Martins) Os entendimentos alcançados com o governo guinebissauense e já aprovados pelo Comitê de Avaliação de Créditos ao Exterior (...) preveem um abatimento de 95% do montante da dívida. (Repórter) Lasier Martins explicou que, mesmo com esse perdão de quase toda a dívida, ainda será facilitado o pagamento do restante. (Lasier Martins) Caso o perdão de 95% proposto pelo Executivo venha a ser confirmado pelo Senado Federal, o saldo remanescente, de US$ 1.942.486, poderá ser pago pelo governo da Guiné-Bissau em 20 parcelas semestrais. (Repórter) Existem cerca de 300 brasileiros residindo na Guiné-Bissau, principalmente religiosos e funcionários de organismos internacionais. Nenhuma empresa brasileira opera no país. Da Rádio Senado, Floriano Filho.