Senador lamenta que Alagoas seja 2º estado em assassinato de mulheres — Rádio Senado
Atlas da Violência

Senador lamenta que Alagoas seja 2º estado em assassinato de mulheres

Do total de agressões contra mulheres, 43% aconteceram nas residências das vítimas e em 61% o agressor é um conhecido. Os dados são de uma pesquisa do Datafolha. Se a mulher é negra, a situação é ainda pior. Entre 2006 e 2016, de acordo com o Atlas da Violência de 2018, a taxa de homicídios para cada 100 mil mulheres negras aumentou 15,4%, enquanto que entre as não negras houve queda de 8%. O senador Givago Tenório (PP-AL) lamentou ser Alagoas um dos estados onde mais são registrados eventos de violência contra as mulheres.

20/08/2018, 16h13 - ATUALIZADO EM 20/08/2018, 18h01
Duração de áudio: 01:54
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
A CADA MINUTO MAIS DE OITO BRASLEIRAS SÃO VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA. EM 2016, 4.645 MULHERES FORAM ASSASSINADAS. E EM 61% DOS CASOS, QUEM AGRIDE É UMA PESSOA CONHECIDA. REPÓRTER LARISSA BORTONI. (Repórter) No imaginário popular estamos seguros quando em casa, mas para muitas mulheres isso está longe de ser real. Do total de agressões contra mulheres, 43% aconteceram nas residências das vítimas e em 61% o agressor é um conhecido. Os dados são de uma pesquisa do Datafolha. Se a mulher é negra, a situação é ainda pior. Entre 2006 e 2016, de acordo com o Atlas da Violência de 2018, a taxa de homicídios para cada 100 mil mulheres negras aumentou 15,4%, enquanto que, entre as não negras, houve queda de 8%. O senador Givago Tenório, do PP alagoano, lamentou ser Alagoas um dos estados onde mais são registrados eventos de violência contra as mulheres. (Givago Tenório) Para ilustrar essa triste realidade, em 2017, o Estado teve um crescimento assustador nesses casos de violência contra mulher. Tivemos 74 mulheres assassinadas no meu Estado; 31 foram contabilizadas como feminicídio. É algo inacreditável. Essa é nossa triste realidade. Ela nos abala, mas não nos faz esmorecer. (Repórter) Os responsáveis pelo Atlas da Violência de 2018 defendem que, para enfrentar a violência contra as mulheres, é preciso dar visibilidade aos crimes, além de ser fundamental a manutenção, a ampliação e o aprimoramento das redes de apoio à mulher, previstos na Lei Maria da Penha. Um dos casos de violência contra a mulher com maior repercussão em 2018 foi o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco. Ela foi morta a tiros em 14 de março. A polícia ainda não identificou os responsáveis pelo crime.

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