Bienal une editoras e autores independentes — Rádio Senado
Bienal do Livro

Bienal une editoras e autores independentes

09/08/2018, 17h56 - ATUALIZADO EM 09/08/2018, 18h13
Duração de áudio: 02:23
Anderson Mendanha/Rádio Senado

Transcrição
Escrever livros é coisa de autor consagrado, que vende milhares de exemplares? Ou é algo acessível a quem tem vontade de se expressar por intermédio da palavra escrita? Há um mercado especial, pouco conhecido, mas muito movimentado, que une pequenas editoras e gente disposta a realizar o desejo de ver seu nome na capa de um livro. Mais da metade dos estandes da Bienal Internacional do Livro de São Paulo é ocupada por essas editoras que, a um custo bem pequeno, cuidam de todo o processo necessário a publicação de um livro: da revisão do texto até a distribuição. É o caso da All Print, que há vinte seis anos trabalha com autores independentes. Liliane Akamine, da área comercial da editora, diz que com apenas dois mil reais o autor pode receber cinquenta exemplares do seu livro, com tratamento visual, diagramação e direitos autorais garantidos. Já é um começo. E as editoras independentes também ajudam na distribuição. Para Liliane, esse é um mercado em crescimento. (Liliane) A gente sabe que escrever um livro é a realização de um sonho. E hoje o autor independente tem muito mais acesso do que anos atrás, vejo o mercado crescendo, o número de publicações crescendo porque o público está mais interessado nesses autores. Aos 62 anos, Angela Barros realizou o sonho. Ela lançou na Bienal, com direito a sessão de autógrafos, seu livro de contos ‘O que trago dentro de mim’. O livro é o ponto alto de um processo emocional que começou aos 45 anos com o fim de um longo casamento, a chegada à universidade, o recomeço profissional, um novo amor, e um curso de escrita criativa que a ajudou a expressar as emoções por meio da literatura. Mesmo sendo lida essencialmente por amigos, Angela se diz realizada, porque o que a motiva é se mostrar como escritora. (Angela) Inicialmente é por prazer próprio. É uma satisfação muito grande, você gerar um livro, é uma emoção muito forte, muito boa, e se as pessoas reconhecerem como num evento como esse eu tenho a oportunidade de estar aqui autografando o livro, estou pondo a cara pra bater, estou me mostrando pras pessoas, vou gostar muito de ser lida por quem não me conhece. E você o que está esperando para escrever e publicar? A próxima Bienal do Livro ocorre em 2020. E você pode estar nela.

Ao vivo
00:0000:00