Comissão Senado do Futuro debate melhor modelo de reforma agrária para o Brasil
A Comissão Senado do Futuro debateu nesta segunda-feira (16) a regularização fundiária nas áreas urbanas e rurais. O debate foi centrado na Lei 13.465, de 2017, aprovada pelo Senado em maio do ano passado, que trata da regularização de terras em áreas urbanas e rurais. A lei cria regras para a regularização de áreas da União ocupadas na Amazônia Legal e permite também a legalização de núcleos urbanos informais como favelas e loteamentos irregulares.O presidente da comissão, senador Hélio José (PROS-DF), destacou que o acesso à terra é essencial para a democracia.
Transcrição
LOC: “QUAL A REFORMA AGRÁRIA QUE O BRASIL PRECISA?”
LOC: ESSE FOI O TEMA DO DEBATE PROMOVIDO PELA COMISSÃO SENADO DO FUTURO NESTA SEGUNDA-FEIRA. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI.
(Repórter) O debate foi centrado na Lei 13.465, de 2017, aprovada pelo Senado em maio do passado, que trata da regularização de terras em áreas urbanas e rurais. A lei cria regras para a regularização de áreas da União ocupadas na Amazônia Legal e permite também a legalização de núcleos urbanos informais como favelas e loteamentos irregulares. A lei facilitou o processo e fez uma mudança conceitual, como explicou o conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal, Og Pereira de Souza.
(Og Pereira de Souza) A partir da lei 13465, o governo ele deixa de ter terra. O governo só é titular de terra quando essa terra está desocupada, quando não tem legítimo ocupante. É o oposto. É radicalmente oposto. E infelizmente a gente não tem visto esse reconhecimento das autoridades competentes em aplicar a lei. Eu até entendo. A lei ela abarca, ela permite diversas interpretações.
(Repórter) Representantes dos movimentos sociais apontam que os problemas na interpretação da lei a tornam ineficiente e fazem com que ela acabe favorecendo a concentração fundiária e a grilagem de terras. O presidente da Comissão Senado do Futuro, senador Hélio José, do PROS do Distrito Federal, destacou que facilitar o acesso à terra é essencial para a democracia.
(Hélio José) A democracia verdadeira somente poderá se consolidar e se desenvolver no paíss e também for democratizada o pleno acesso à terra e garantida terra e crédito para quem nela queira trabalhar.
(Repórter) Os participantes da audiência destacaram a importância da agricultura para a economia brasileira e ressaltaram a necessidade de uniformizar a interpretação da lei para evitar que ela fuja do propósito inicial, que é facilitar a regularização fundiária.