Senadores vão discutir agricultura brasileira na próxima Cúpula do Clima
A convivência entre meio ambiente e desenvolvimento agrícola deverá ser discutida na 24ª Conferência das Nações Unidas para o Clima, a COP 24. Ela vai acontecer entre os dias 3 e 14 de dezembro na Polônia. Na Comissão de Relações Exteriores, senadora Kátia Abreu (PDT-TO) defendeu que o Brasil tem plenas condições de desenvolver o potencial agrícola protegendo o meio ambiente.
Transcrição
LOC: SENADORES DEVERÃO DISCUTIR A CONVIVÊNCIA ENTRE DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA E MEIO AMBIENTE NA PRÓXIMA CÚPULA DO CLIMA, A COP 24, EM DEZEMBRO, NA POLÔNIA.
LOC: O ASSUNTO FOI TRATADO NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES DO SENADO. REPÓRTER FLORIANO FILHO.
(Repórter) A vigésima quarta conferência das Nações Unidas para o clima, a COP 24, vai acontecer entre os dias 3 e 14 de dezembro na cidade de Katowice na Polônia. Como de costume, os olhos de ambientalistas, economistas e de outros profissionais estarão voltados para questões como mudanças climáticas, desmatamento, recursos hídricos e geração de energia. Nessas conferências é comum o confronto entre preservacionistas e os que defendem o desenvolvimento econômico. Para este ano já estão previstos debates como o uso do carvão para geração de eletricidade. No caso brasileiro, sempre há questionamentos sobre desmatamento, especialmente na região amazônica. Durante reunião da Comissão de Relações Exteriores, a senadora Kátia Abreu, do PDT do Tocantins, defendeu que o Brasil tem plenas condições de desenvolver o potencial agrícola protegendo o meio ambiente. Isto porque o País tem o chamado Matopiba, na fronteira entre Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
(Kátia Abreu) Isso é verdade. E é uma das últimas fronteiras agrícolas do mundo! Eu sempre excluo a África, porque eu acredito que ainda vai demorar para que nós consigamos essa tecnificação.
(Repórter) Kátia Abreu se colocou à disposição para integrar a delegação de senadores que irá participar da COP 24. Ela argumentou que é fundamental o Brasil explicar que é possível a convivência entre uma agricultura moderna e a preservação do meio ambiente.
(Kátia Abreu) Nós temos que estar presentes, altivos, de cabeça erguida e orgulhosos do que este País fez. Produzir alimentos e ainda preservar 61% do seu patrimônio, dos seus biomas (...) Outros países acham que estão preservando muito, mas se esquecem de que não têm terras agricultáveis protegidas.
(Repórter) Na COP23 realizada no ano passado, Alemanha e Inglaterra se comprometeram a dar ao Brasil o equivalente a mais de 410 milhões de reais para redução do desmatamento na Amazônia. Da Rádio Senado, Floriano Filho.
