Autonomia dos Povos Indígenas foi tema de debate na Comissão de Direitos Humanos — Rádio Senado
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Autonomia dos Povos Indígenas foi tema de debate na Comissão de Direitos Humanos

A Comissão de Direitos Humanos discutiu nesta quinta-feira (12) a promoção de autonomia de comunidades indígenas com iniciativas que visam a geração de renda e aumento do bem-estar de povos originários. Para a presidente do colegiado, senadora Regina Sousa (PT-PI), é fundamental conhecer experiências exitosas em promover uma cultura de paz entre agricultores e povos indígenas. Entre as iniciativas apresentadas está a produção de erva –mate na aldeia Lima Campo, em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.

12/07/2018, 15h19 - ATUALIZADO EM 12/07/2018, 17h48
Duração de áudio: 02:03
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza audiência pública para tratar sobre “A promoção de autonomia de comunidades indígenas com iniciativas que visem a geração de renda e aumento do bem-estar de povos originários".

Mesa:
liderança indígena da aldeia Lima Campo, Maradiles de Souza;
presidente da CDH, senadora Regina Sousa (PT-PI);
engenheiro e Produtor Rural, Omar Ortiz Taleb;
defensora Pública Federal, Daniele de Souza Osório;
representante do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Cleber Buzato.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS HUMANOS DISCUTIU NESTA QUINTA-FEIRA FORMAS DE PROMOVER A AUTONOMIA DOS POVOS INDÍGENAS. LOC: OS PARTICIPANTES APRESENTARAM INICIATIVAS QUE CONTRIBUEM PARA A GERAÇÃO DE RENDA E O RESGATE DA CULTURA INDÍGENA. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA. (Repórter) A presidente da Comissão de Direitos Humanos, senadora Regina Sousa, do PT do Piauí, afirmou que o objetivo da audiência pública foi conhecer experiências exitosas em promover uma cultura de paz entre agricultores e povos indígenas. Para ela, isso se faz a partir da colaboração e o compartilhamento de culturas, conhecimento e tecnologias. (Regina Sousa) “Tem algumas questões que acontecem pelo Brasil e a gente nem sabe, não conhece. Experiências e a gente só fala do conflito, é visível, inclusive muitas coisas boas que acontece a gente não vê. Então para saber se são boas mesmo a gente tem que ouvidos das pessoas que estão vivendo.” (Repórter) O produtor rural Omar Ortiz compartilhou a experiência da produção de erva-mate na aldeia Lima Campo, em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. (Omar Ortiz) “A erva mate é um produto de origem do estado Mato Grosso do Sul. Eu sou produtor de erva mate e erva mate poderia servir como indutor, além da geração de renda e da autonomia também serviria como indutor do resgate das questões de ancestralidade e culturais das populações indígenas do Sul do Mato Grosso do Sul.” (Repórter) O produtor informou que uma parceria com a Embrapa busca novas espécies que possam ser cultivadas no local. A liderança indígena da aldeia, Maradiles de Souza, elogiou a iniciativa e ressaltou que o ideal seria não depender de cestas básicas do governo para o sustento da comunidade. (Omar Ortiz) “E a comunidade está muito alegre, a comunidade agradece muito. As crianças também se dedicaram a esse plantio É o único meio para que possamos buscar algum alimento para nossas crianças para que quando essa erva estiver a ponto de comercializamos possamos trocar nem que seja em algum agasalho ou cesta básica para nossas crianças.” (Repórter) Também participaram da audiência pública o assessor jurídico da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil Luiz Eloy, a defensora pública Federal Daniele de Souza, e o antropólogo Antonio Hilario Urquiza.

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