Jorge Viana quer obrigar bancos a divulgar na internet juros do cheque especial e do cartão de crédito — Rádio Senado
Proposta

Jorge Viana quer obrigar bancos a divulgar na internet juros do cheque especial e do cartão de crédito

O senador Jorge Viana (PT-AC) quer incluir no relatório final da CPI dos Cartões de Crédito um projeto para obrigar os bancos a divulgar no site os juros máximos cobrados no cheque especial e no cartão. Embora considere abusivos os juros, o senador Armando Monteiro (PTB-PE) ponderou que a redução não será feita de uma vez e por decretos. Ele defende a aprovação de vários projetos que vão criar as condições para a queda nas taxas, a exemplo do cadastro positivo, e da regulamentação das fintechs, que são plataformas na internet que concorrem com os bancos na oferta de crédito.O senador Jorge Viana (PT-AC) quer incluir no relatório final da CPI dos Cartões de Crédito um projeto para obrigar os bancos a divulgar no site os juros máximos cobrados no cheque especial e no cartão. Embora considere abusivos os juros, o senador Armando Monteiro (PTB-PE) ponderou que a redução não será feita de uma vez e por decretos. Ele defende a aprovação de vários projetos que vão criar as condições para a queda nas taxas, a exemplo do cadastro positivo, e da regulamentação das fintechs, que são plataformas na internet que concorrem com os bancos na oferta de crédito.
05/07/2018, 13h31 - ATUALIZADO EM 05/07/2018, 15h24
Duração de áudio: 02:06
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADOR QUER INCLUIR NO RELATÓRIO FINAL DA CPI DOS CARTÕES A OBRIGAÇÃO PARA BANCOS DIVULGAREM JUROS NA INTERNET. LOC: OUTRO PARLAMENTAR ALEGA QUE AS TAXAS NÃO SERÃO REDUZIDAS POR DECRETO, MAS PELO CADASTRO POSITIVO E PELO AUMENTO NA CONCORRÊNCIA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) O senador Jorge Viana, do PT do Acre, tentará incluir no relatório final da CPI dos Cartões de crédito um projeto para obrigar os bancos a divulgarem no site os juros máximos cobrados no cheque especial e no cartão. Ele disse que uma pessoa pode pagar 300% e 400% de taxas, por ano, respectivamente, enquanto a Selic não passa de 6,5%. Jorge Viana ressaltou que o consumidor não consegue calcular os juros cobrados pelo que chamou de negócios criminosos dos bancos. (Jorge Viana) Você não acha em lugar nenhum qual é a taxa de juro do cartão e a mesma coisa com o cheque especial. Eu não sei se dá para ter essa educação financeira. Mas a maioria das pessoas por necessidade ou por desconhecimento acha que pagar juros do cartão de crédito é normal e que pagar juros do uso do cheque especial vão dar conta. Não vão dar conta nunca. E cheque especial, a média passa dos 300%, e a do cartão passa de 400% de juros ao ano quando, no Brasil, o juro oficial é 6,5%. (Repórter) Embora considere abusivos os juros, o senador Armando Monteiro, do PTB de Pernambuco, ponderou que a redução não será feita de uma vez e por decretos. Ele defendeu a aprovação de vários projetos que vão criar as condições para a queda nas taxas. Armando Monteiro citou o cadastro positivo, que prevê juros menores para os bons pagadores; a duplicata eletrônica e a regulamentação das fintechs, que são plataformas na internet que concorrem com os bancos na oferta de crédito. (Armando Monteiro) É preciso evitar essa tendência intervencionista que, às vezes, as CPIs estimulam de achar que você pode com um processo de intervenção legislativa e legal resolver os problemas. A redução da taxa de juros de maneira sustentável no Brasil envolve várias dimensões: a macroeconômica e na dimensão microeconômica melhor regulação, diminuição de riscos dos agentes, mais concorrência com novos players, como as fintechs. (Repórter) Os senadores ressaltaram ainda que exista uma espécie de monopólio, já que cinco grandes bancos detêm as bandeiras dos cartões de crédito. Em 2017, eles tiveram um lucro de R$ 63 bilhões.

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