CRE debate crise migratória Europeia
Senadores da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE) debateram o fechamento das políticas migratórias na Europa. Segundo o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), as políticas migratórias dos Estados Unidos e da União Europeia estão cada vez mais parecidas. O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) atribuiu o novo modelo migratório em países da Europa Central e do Leste à força que ganharam os partidos populistas nos últimos anos. A reportagem é de Floriano Filho, da Rádio Senado. Ouça o áudio com mais informações.

Transcrição
LOC: A POLÍTICA MIGRATÓRIA DE PAÍSES EUROPEUS ESTÁ CADA VEZ MAIS FECHADA.
LOC: O ASSUNTO FOI DEBATIDO NESTA QUARTA-FEIRA NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES. REPÓRTER FLORIANO FILHO.
(Repórter) Não é só nos Estados Unidos que acontece uma crise migratória. Há anos a chegada de centenas de milhares de refugiados principalmente da África e da Ásia vem causando impactos sociais, econômicos e até políticos na União Europeia. Entre os países mais atingidos estão Alemanha e Itália. Outras nações da Europa Central e do Leste começaram a adotar políticas para bloquear a entrada dos imigrantes, que buscam melhores condições de vida ou até a própria sobrevivência, fugindo de guerras, fome e intolerância religiosa. O senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, afirmou que as políticas migratórias dos Estados Unidos e da União Europeia estão cada vez mais parecidas.
(Cristovam Buarque) Não acredito que seja a mesma coisa. Mas também confesso que não vejo muita diferença na posição de fechamento (...) contra imigrantes.
(Repórter) O senador Antonio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais, atribuiu o novo modelo migratório em países da Europa Central e do Leste à força que ganharam os partidos populistas nos últimos anos.
(Antonio Anastasia) Partidos de direita, populistas, um pouco radicais em termos de xenofobia e contra a imigração passaram a ter uma preponderância novamente na questão eleitoral da Áustria (...), como também na Polônia.
(Repórter) O diplomata Hadil Vianna, que teve aprovada a indicação como próximo embaixador brasileiro na Polônia, reconheceu que o fechamento a imigrantes está se espalhando por países como República Tcheca, Eslováquia e Hungria, além da própria Polônia.
(Hadil Vianna) É um tanto paradoxal porque (...) para ser membro da União Europeia, ela também se tornou participante do espaço Schengen, que prevê a livre circulação de pessoas.
(Repórter) Durante a reunião da Comissão de Relações Exteriores os senadores também aprovaram a indicação de José Antônio de Carvalho como próximo embaixador brasileiro na Áustria, além de acordos aéreos com a Nova Zelândia e com a União Europeia e uma cooperação de defesa com a Holanda. Da Rádio Senado, Floriano Filho.
MSF 53/2018, MSF 56/2018, PDS 65/2018, PDS 67/2018, PDS 68/2018