Risco de armas nucleares em mãos terroristas gera polêmica na CRE — Rádio Senado
Audiência pública

Risco de armas nucleares em mãos terroristas gera polêmica na CRE

Durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado especialistas brasileiros afirmaram que existe o risco de armamentos militares caírem nas mãos de grupos terroristas. O embaixador do Paquistão no Brasil, Najm us Saqib, desmentiu a informação e questionou a origem e a parcialidade dessas versões. A professora Layla Dawood, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, afirmou que as informações estão publicadas em literatura acadêmica. A reportagem é de Floriano Filho, da Rádio Senado.

29/06/2018, 13h38 - ATUALIZADO EM 29/06/2018, 13h38
Duração de áudio: 02:16
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA, ESPECIALISTAS MOSTRARAM PREOCUPAÇÃO COM POSSIBILIDADE DE ARMAS NUCLEARES SEREM UTILIZADAS POR GRUPOS TERRORISTAS NO PAQUISTÃO. LOC: O EMBAIXADOR PAQUISTANÊS PROTESTOU NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES DO SENADO E DESMENTIU A INFORMAÇÃO. REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) Índia e Paquistão, vizinhos e inimigos que enfrentaram diversos conflitos e guerras desde os anos 40, fizeram seus primeiros testes nucleares em 1998. Os confrontos incluem disputas pela região da Caxemira e incursões em águas territoriais no Oceano Índico. Os riscos de um confronto nuclear até agora têm ficado sob controle. Mas o assunto é cada vez mais debatido em fóruns internacionais. Especialistas, inclusive brasileiros, vêm demonstrando preocupação com o crescimento de atividades terroristas no Paquistão e com a possiblidade desses grupos terem acesso a armas nucleares. O embaixador do Paquistão no Brasil, Najm us Saqib, desmentiu a informação durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado e questionou a origem e a parcialidade dessas versões. Uma intérprete do Senado traduziu a fala em inglês do embaixador. (Najm us) todo o material dessas apresentações foi retirado do Google, de jornais da Índia, sob a perspectiva da Índia. Foi isso que se falou. Então, falou-se sobre Bombaim, tudo sob a perspectiva da Índia. (Repórter) A professora Layla Dawood, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, afirmou que as informações sobre o risco do uso terrorista de armas nucleares estão publicadas em literatura acadêmica. A resposta dela também foi traduzida do inglês pela mesma intérprete. (Layla Dawood) Não estou dizendo que é verdade, mas a literatura afirma que existe essa possibilidade. Essa informação não vem do Google. Essas informações são provenientes da literatura sobre a não proliferação de armas nucleares. (Repórter) Segundo o Instituto para Estudos da Paz em Estocolmo, o Paquistão tem entre 140 e 150 ogivas nucleares, e a Índia, entre 130 e 140.

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