CRE vê crise humanitária na imigração e terrorismo como ameaças à União Europeia — Rádio Senado
Relações Exteriores

CRE vê crise humanitária na imigração e terrorismo como ameaças à União Europeia

A crise dos refugiados e os ataques terroristas são prioridades na União Europeia e se transformaram em ameaça à estabilidade do bloco. O assunto, que vem se transformando em crise política entre países europeus, ganhou atenção na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE). Segundo o presidente da Comissão, senador Fernando Collor (PTC – AL), líderes europeus querem mudar a atual legislação prevendo que os imigrantes são responsabilidade do primeiro estado-membro que os receber.

15/06/2018, 13h27 - ATUALIZADO EM 15/06/2018, 14h00
Duração de áudio: 02:46
Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) realiza sabatina de embaixadores indicados para Argélia e Bélgica.

Mesa:
indicado para o cargo de embaixador do Brasil na Argélia, Flávio Marega;
presidente da CRE, senador Fernando Collor (PTC-AL);
indicado para o cargo de embaixador do Brasil na Bélgica e no grão-ducado de Luxemburgo, Haroldo de Macedo Ribeiro.

Foto: Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: DISCORDÂNCIAS ENTRE PAÍSES DA UNIÃO EUROPEIA SOBRE REFUGIADOS E O AUMENTO DO TERRORISMO AMEAÇAM ESTABILIDADE DO BLOCO. LOC: O ASSUNTO FOI ANALISADO PELA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES DO SENADO. REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) Atentados terroristas em países europeus não são novidade. Mas nos últimos anos a onda de ataques ficou mais frequente e noticiada com grande destaque pelos meios globais de comunicação. Esses eventos já provocaram as mortes de centenas de pessoas e ganharam ainda maior destaque com a imigração causada por uma das maiores crises humanitárias da história. A crise migratória que começou a se intensificar em 2007, atingiu um nível crítico em 2015. Naquele ano, mais de 1 milhão de refugiados em fuga de conflitos no Oriente Médio, na África e na Ásia chegou à Europa. A crise na Itália, um dos países que mais receberam refugiados, além de humanitária, também está se transformando em desentendimento político. A restrição à entrada de barcos trazendo novos migrantes foi criticada por outros países europeus como a França. Os desentendimentos têm colocando em risco a estabilidade da União Europeia. Como lembrou o senador Fernando Collor, do PTC de Alagoas, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, líderes italianos querem mudar a atual legislação prevendo que os imigrantes são responsabilidade do primeiro estado-membro que os receber. (Fernando Collor) O primeiro ministro italiano, Giuseppe Conte, pediu por mudanças na lei, afirmando que obrigar os imigrantes a pedir asilo no primeiro país em que desembarcam (...) torna a relocação (...) lentas e raras. (Repórter) Pesquisa realizada por um instituto norte-americano mostrou que mais da metade dos europeus acreditam que a chegada de refugiados torna mais provável o terrorismo na Europa. O diplomata Haroldo de Macedo Ribeiro, aprovado como futuro embaixador na Bélgica, sede da União Europeia, reconheceu que os ataques terroristas chegaram ao coração europeu. (Haroldo de Macedo) Desde 2012 a Bélgica já sofreu 10 atentados terroristas, sendo o mais grave deles o que ocorreu em março de 2016 no aeroporto e no metrô de Bruxelas com um saldo de 32 pessoas mortas e mais de 300 feridos. (Repórter) Outros países europeus que receberam grandes quantidades de refugiados incluem Alemanha, Hungria, França e Suécia. Da Rádio Senado, Floriano Filho.

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