Especialistas na Comissão de Relações Exteriores alertam para perigos da militarização no Mar do Sul da China — Rádio Senado
Comissões

Especialistas na Comissão de Relações Exteriores alertam para perigos da militarização no Mar do Sul da China

A Comissão de Relações Exteriores debateu em audiência pública a militarização e possíveis conflitos no sul do mar da China. O professor Oliver Stuenkel, da Fundação Getúlio Vargas, acha mais provável que prevaleçam negociações diplomáticas e econômicas do que uma guerra. Para o professor Alexandre Uehara, das Faculdades Integradas Rio Branco, os Estados Unidos estão cada vez mais isolados no mundo por conta dos vários acordos internacionais que o governo Donald Trump quebrou. Segundo ele, os espaços abertos deverão ser ocupados pela China. A reportagem é de Floriano Filho, da Rádio Senado.

11/06/2018, 21h28 - ATUALIZADO EM 11/06/2018, 21h28
Duração de áudio: 01:50
Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) realiza ciclo de debates "O Brasil e a Ordem Internacional: Estender Pontes ou Erguer Barreiras?" 7º Painel: "O Protagonismo Chinês e a instabilidade no Mar da China". 

Mesa: 
doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP) e professor de Relações Internacionais nas Faculdades Integradas Rio Branco (FRB), Alexandre Ratsuo Uehara; 
presidente eventual da CRE, senador Pedro Chaves (PRB-MS); 
doutor em Ciência Política pela Universidade de Duisburg-Essen (Alemanha) e professor de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Oliver Stuenkel.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: OS CHINESES DEVERÃO OCUPAR CADA VEZ MAIS ESPAÇOS DEIXADOS PELOS ESTADOS UNIDOS, CAUSANDO APREENSÕES E MILITARIZAÇÃO TAMBÉM NO MAR DO SUL DA CHINA. LOC: O ASSUNTO FOI DEBATIDO NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES NESTA SEGUNDA-FEIRA. REPÓRTER FLORIANO FILHO. TÉC: O sul do Mar da China está cada vez mais militarizado. Os chineses disputam com países do sudeste asiático como Malásia, Indonésia, Filipinas e Vietnam direitos marítimos e sobre ilhas na região. Além das projeções marítimas, os países querem acesso às potenciais riquezas petrolíferas. O assunto foi debatido em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores. Considerando as consequências financeiras, o professor Oliver Stuenkel, da Fundação Getúlio Vargas, acha mais provável que prevaleçam negociações diplomáticas e econômicas na disputa pelo Mar da China do que uma guerra. Não só com países do Sudeste Asiático, mas também com os Estados Unidos, que ainda possuem o maior arsenal militar na região. (Oliver Stuenkel) É muito pouco provável que teremos um conflito a curto prazo. A China quer obviamente evitar um confronto. Neste momento ela ainda é inferior do ponto de vista militar. (Repórter) Apesar da presença militar norte-americana na Ásia, o professor Alexandre Uehara, das Faculdades Integradas Rio Branco, afirmou que os Estados Unidos estão cada vez mais isolados no mundo por conta dos vários acordos internacionais que o governo Donald Trump quebrou. (Alexandre Uehara) Significa uma abertura de espaço para que a China ocupe o espaço que ela não está brigando mais porque os Estados Unidos está dando de mão beijada. (Repórter) Mesmo com as tensões causadas em Pequim, o secretário de Defesa dos Estados Unidos informou que os norte-americanos vão continuar realizando manobras militares no mar do Sul da China. Da Rádio Senado, Floriano Filho.

Ao vivo
00:0000:00