Senadores criticaram política de reajustes de preços da Petrobras — Rádio Senado
CAE

Senadores criticaram política de reajustes de preços da Petrobras

A Petrobras agiu com arrogância e insensibilidade ao promover reajustes diários de preços. Foi o que disseram senadores de vários partidos em reunião com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, para discutir os impactos fiscais do acordo com os caminhoneiros. Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que foram 229 reajustes de preços depois que Michel Temer assumiu o governo. Ricardo Ferraço (PSDB-ES) disse que a Petrobras quis tirar o atraso às custas do brasileiro. Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) quer ouvir explicações do presidente da companhia, Pedro Parente, na Comissão de Assuntos Econômicos. A reportagem é de Bruno Lourenço.

29/05/2018, 16h02 - ATUALIZADO EM 29/05/2018, 16h02
Duração de áudio: 02:19
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza audiência pública interativa para debater política de preços dos combustíveis.

Em pronunciamento, ministro de Estado da Fazenda, Eduardo Guardia. 

Mesa: 
ministro de Estado da Fazenda, Eduardo Guardia; 
presidente da CAE, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A PETROBRAS AGIU COM ARROGÂNCIA E INSENSIBILIDADE AO PROMOVER REAJUSTES DIÁRIOS DE PREÇOS. LOC: FOI O QUE DISSERAM SENADORES DE VÁRIOS PARTIDOS EM REUNIÃO COM O MINISTRO DA FAZENDA PARA DISCUTIR OS IMPACTOS FISCAIS DO ACORDO COM OS CAMINHONEIROS. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. (Repórter) Senadores de vários partidos criticaram na Comissão de Assuntos Econômicos a forma como a Petrobras vinha reajustando os preços. Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, afirmou que foram 229 reajustes depois que Michel Temer assumiu o governo. (Lindbergh Farias) Reajuste: o Lula em oito anos fez oito reajustes. Eu não tô querendo dizer que tem que ser anual mais um ciclo mais longo toda empresa faz isso. Em um momento lucra mais em outro menos. (Repórter) Armando Monteiro, do PTB de Pernambuco, lembrou que essa política de reajustes representava para os governos estaduais e para a União, de certa forma, uma situação confortável. (Armando Monteiro) Os estados tiveram um aumento de arrecadação fantástico. E a própria União. Veja os dados dos primeiros quatro meses no setor de combustível arrecadação alcançou nos primeiros 4 meses 22 bilhões de reais. Uma alta de 57.8% sobre igual período, ou seja, sobre o quadrimestre de 2017. (Repórter) Ricardo Ferraço, senador do PSDB do Espírito Santo, criticou ainda a posição monopolista da Petrobras, que a fez querer tirar o atraso às custas do brasileiro. (Ricardo Ferraço) Não é de hoje que a Petrobras é arrogante e o foi porque se recebeu neste stress pós-petista de querer a todo e qualquer custo blindar a empresa porque a empresa foi violentada foi sequestrada pela política da baixa qualidade de partidos políticos e interesses tantos outros que fizeram dessa extraordinária companhia uma companhia, a que mais deveu naquele período. (Repórter) Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, pediu a vinda do presidente da Petrobras, Pedro Parente, à Comissão de Assuntos Econômicos, para dar mais explicações. (Vanessa Grazziotin) Para termos aqui o depoimento do senhor Pedro parente que é o presidente da Petrobrás. E por que o depoimento? Porque o presidente da Petrobrás ele, como não sendo ministro, não poderia ser convocado. E aí o nosso Regimento fala da forma de convite a prestar depoimento. (Repórter) O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, também será convidado para falar sobre a crise dos combustíveis na comissão.

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