CRE debate acordo comercial entre Mercosul e União Europeia e modernização do parque industrial brasileiro
Durante a sabatina de embaixadores indicados para representar o Brasil na Alemanha (MSF 34/2018) e na Itália (MSF 21/2018), a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE) debateu a necessidade de modernização do parque industrial brasileiro. Especialmente quando o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia está em vias de ser fechado, talvez ainda este ano. Segundo o senador Armando Monteiro (PTB-PE), o Brasil precisa ganhar maior competitividade nos mercados internacionais.
Transcrição
LOC: O ACORDO COMERCIAL ENTRE O MERCOSUL E A UNIÃO EUROPEIA PODERÁ SER CONCLUÍDO AINDA NESTE ANO. E O BRASIL PRECISA ACELERAR A MODERNIZAÇÃO DE SUAS INDÚSTRIAS.
LOC: ESSAS FORAM ALGUMAS DAS QUESTÕES DISCUTIDAS NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES DURANTE A SABATINA DE DIPLOMATAS INDICADOS PARA REPRESENTAR O BRASIL NA ALEMANHA E NA ITÁLIA. REPÓRTER FLORIANO FILHO.
(Repórter) A Alemanha, que tem uma das indústrias mais avançadas e competitivas do mundo, tem apoiado a aprovação do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia. O diplomata Roberto Jaguaribe, indicado como próximo embaixador brasileiro na Alemanha, afirmou que são grandes as possibilidades do acordo ser fechado ainda este ano.
(Roberto Jaguaribe) E esse acordo vai criar oportunidades reais para uma ampliação do intercâmbio e inclusive de vendas de indústrias do Brasil para a Europa.
(Repórter) O senador Armando Monteiro, do PTB de Pernambuco, enfatizou que o Brasil não pode se limitar ao acordo. O país, segundo ele, precisa reformar e modernizar seu parque industrial para ganhar maior competitividade nos mercados internacionais.
(Armando Monteiro) Como ainda a principal plataforma manufatureira da América Latina, o Brasil está desafiado na perspectiva dessa indústria 4.0, da indústria avançada. A indústria brasileira tem muito o que aprender com a experiência alemã porque a Alemanha é sim uma potência industrial extraordinária.
(Repórter) Outro sabatinado foi o diplomata Fernando de Abreu, indicado para representar o Brasil na FAO, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, com sede em Roma, na Itália. O senador Lasier Martins, do PSD do Rio Grande do Sul, lembrou que o mundo desperdiça cerca de um bilhão e 300 milhões de toneladas de alimentos por ano. Fernando de Abreu disse que essa é uma das principais preocupações da FAO e explicou alguns motivos para o desperdício.
(Fernando de Abreu) Os alimentos são produzidos e não conseguem sair do local de produção. Há dificuldade de acesso aos mercados. A outra, deficiência na infraestrutura de transportes. (...) A indicação de Fernando de Abreu também foi aprovada pela Comissão de Relações Exteriores do Senado. Da Rádio Senado, Floriano Filho.
MSF 34/2018, MSF 21/2018
