CRA debate integração de dados e registros sobre agropecuária
Em audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, nesta terça-feira, representantes de órgãos públicos que reúnem dados sobre a agropecuária brasileira debateram a integração e padronização de informações. Na avaliação da senadora Ana Amélia (PP-RS), o país aguarda o Censo Agropecuário de 2017, que será divulgado até julho. Ela lembra que desde 2007 o Brasil não faz uma pesquisa do tipo e que as informações podem ser um norte para o desenvolvimento de ações no setor. Segundo o diretor de pesquisas do IBGE, Claudio Dutra, o Brasil possui tecnologia e instrumentos para a divulgação de dados sobre a agropecuária brasileira, mas ainda falta integração dos diversos setores públicos para o uso e divulgação desses dados em uma única base. Acompanhe mais detalhes na reportagem de Paula Groba, da Rádio Senado.
Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE AGRICULTURA DEBATEU A PADRONIZAÇÃO DOS DADOS SOBRE A AGROPECUÁRIA BRASILEIRA.
LOC: SEGUNDO A SENADORA ANA AMÉLIA, QUE AVALIA O ANDAMENTO DOS REGISTROS, A INTEGRAÇÃO DAS INFORMAÇÕES É IMPORTANTE PARA A EXECUÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS NO SETOR. DETALHES COM A REPÓRTER PAULA GROBA.
TÉC: As pesquisas sempre foram a base de partida para a criação e execução de políticas públicas e com a agropecuária não é diferente. Na avaliação da senadora Ana Amélia, do PP Gaúcho, o País aguarda, por exemplo, o Censo Agropecuário de 2017, que será divulgado até julho. Ela lembra que desde 2007 o Brasil não faz uma pesquisa do tipo e que as informações podem ser um norte para o desenvolvimento de ações no setor.
(Ana Amélia) Porque não podemos tomar nenhuma decisão, seja o agricultor, o prefeito, um governador, o ministro da agricultura, sem saber que realidade você está trabalhando.
(Repórter) Segundo o diretor de pesquisas do IBGE, Claudio Dutra, o Brasil possui tecnologia e instrumentos para a divulgação de dados sobre a agropecuária brasileira, mas ainda falta integração dos diversos setores públicos para o uso e divulgação desses dados em uma única base.
(Claudio Dutra) Um passo fundamental é conseguirmos fazer um diagnóstico do estado da arte dos cadastros e registros existentes no Brasil, definirmos conceitos e padronizações de variáveis comuns que permitam não só integrar do ponto de vista tecnológico, mas que permita dizer que considera estabelecimento isso e isso vale pra todos.
(Repórter) Segundo o chefe do departamento de crédito rural do Banco Central, Claudio Moreira, a instituição já disponibiliza dados sobre operações de empréstimos agrícolas no País.
(Claudio Moreira) Hoje no país em termos de crédito rural são cerca de 152 bilhões por ano que roda dentro dos agentes financeiros isso fora o crédito rural que é feito pelos próprios produtores dentro do mercado de capitais. Uma das coisas que nós até discutimos muito é se esses instrumentos de mercados de capital se hoje pudessem ser colocados numa central poderiam se juntar aos nossos dados do Banco Central e termos uma excelente informação sobre o que existe de crédito rural no país.
(Repórter) O diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Raimundo Deusdará, informou que graças ao Sistema de Cadastro Ambiental Rural, o Siscar, o País hoje tem noção do número de propriedades rurais e áreas de reserva legal, além de florestas públicas.
(Raimundo Deusdará) São 321 milhões de florestas públicas, 463 milhões de hectares de Cadastro Ambiental Rural. Não há nenhum país no mundo que tenha essa base georreferenciada de conhecimento das florestas.
(Repórter) O senador Waldemir Moka, do PMDB de Mato Grosso do Sul, lembrou que por meio de uma emenda ao Orçamento sugerida pela Comissão de Agricultura, o IBGE garantiu recursos para elaborar o Censo Agropecuário. A CRA analisa o andamento das estatísticas rurais e a integração de registros para a promoção de políticas agrícolas. Da Rádio Senado, Paula Groba.