Projeto que regulamenta esportes eletrônicos é aprovado na CCT — Rádio Senado
Proposta

Projeto que regulamenta esportes eletrônicos é aprovado na CCT

O senador Roberto Rocha (PSDB-MA) sugeriu uma proposta que regulamenta a prática de esporte eletrônico no país. O projeto estabelece que o praticante de jogos eletrônicos passa a receber a nomenclatura de atleta, além de ditar os objetivos específicos do esporte como propiciar a boa convivência, desenvolver o raciocínio e combater discriminações. A proposta recebeu o aval dos senadores na comissão de Ciência e Tecnologia. O relatório foi lido pelo senador Flexa Ribeiro, do PSDB do Pará. A proposta segue agora para a comissão de Educação, em decisão terminativa. Ouça mais detalhes na reportagem de Paula Groba, da Rádio Senado.

26/04/2018, 17h37 - ATUALIZADO EM 26/04/2018, 17h37
Duração de áudio: 02:59
Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) realiza reunião com 29 itens. Na pauta, o PLC 91/2017, que estende a todas as instituições de ensino superior a possibilidade de receber outorga de canal de rádio ou TV educativa.

À mesa, presidente da CCT, senador Otto Alencar (PSD-BA).
 
Foto: Pedro França/Agência Senado
Foto: Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA APROVOU UM PROJETO QUE REGULAMENTA OS ESPORTES ELETRÔNICOS NO PAÍS. LOC: PELO TEXTO, QUE AGORA SEGUE PARA A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, OS PRATICANTES DESSES ESPORTES PASSAM A SER CONSIDERADO OFICIALMENTE ATLETAS. A REGULAMENTAÇÃO FOI COMEMORADA PELA CATEGORIA. DETALHES COM A REPÓRTER PAULA GROBA TÉC: O que era apenas uma brincadeira tem virado profissão para muita gente e pode se tornar uma modalidade de esporte. É a pratica dos jogos eletrônicos, aqueles de videogame ou no computador, que começa geralmente em casa, nas horas de lazer. Pois é! Tem gente se profissionalizando e ganhando campeonatos e dinheiro com isso. É o caso do jogador Túlio Chebli, de 25 anos, que há dois participa de competições no país e em outros lugares do mundo. Túlio é o capitão do time vencedor da Copa América de Heroes of the Storm. (TÚLIO) No Brasil hoje tem muito atleta vive disso que recebe salários maiores que a maioria das profissões no Brasil, até porque o Brasil é campeão mundial em Counter Strike, mais de uma vez inclusive. E se você for ver em premiação eles bateram mais de milhões de dólares. Cada vez o esporte está sendo mais público, mais gente tem assistido, mais pessoas tem acompanhado. (REP) Pensando nessa categoria de jovens e adultos que levam muito a sério a atividade, o senador Roberto Rocha, do PSDB do Maranhão, sugeriu a regulamentação da modalidade no país. O projeto estabelece que o praticante de jogos eletrônicos passa a receber a nomenclatura de atleta, além de ditar os objetivos específicos do esporte como propiciar a boa convivência, desenvolver o raciocínio e combater discriminações. A proposta recebeu o aval dos senadores na comissão de Ciência e Tecnologia. O relatório foi lido pelo senador Flexa Ribeiro, do PSDB do Pará. (FLEXA) Os esportes eletrônicos se transformaram em assunto sério e que alimenta uma indústria altamente lucrativa. Especialistas do setor estimam que o mercado do esporte eletrônico produzirá em 2018, uma receita global de 2.9 bilhões de reais. Estima-se que o Brasil seja o quarto maior consumidor deste tipo de produto. (REP) Para o vice-presidente da Federação de Esportes Eletrônicos do Rio de Janeiro, Gustavo Nader, a regulamentação da atividade traz uma série de benefícios para os praticantes que disputam torneios. (GUSTAVO) Com essa regulamentação você já cria a possibilidade dele ser um atleta reconhecido por lei, os contratos de trabalho dele vão ser iguais aos atletas de esportes convencionais e uma outra coisa a gente está abrindo portas para termos futuramente nas Olimpíadas esportes eletrônicos. Esse atleta vai ter um passaporte de atleta. (REP) Estados Unidos, China e Japão são exemplos de países onde o esporte já está bastante difundido e possuem leis que regulamentam a prática. No Brasil, um dos destaques este ano foi o CBLOL, Campeonato Brasileiro League of Legends com premiação que chegou a 200 mil reais. O projeto que regulamenta o esporte eletrônico segue agora para a comissão de Educação, em decisão terminativa. Depois, se aprovado, será analisado pela Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Paula Groba.

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