Senadores debatem necessidade de transformação no ensino brasileiro
A Comissão Senado do Futuro (CSF) debateu em audiência pública a necessidade de transformação do atual modelo educacional brasileiro. Os participantes defenderam que os alunos devem se preparar para a nova realidade mundial com tecnologias inovadoras como inteligência artificial, robótica, nanotecnologia, computação quântica e biotecnologia. O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) defende a melhoria da qualidade das escolas públicas no país.
Transcrição
LOC: A EDUCAÇÃO BRASILEIRA PRECISA SE MODERNIZAR E PREPARAR OS ALUNOS PARA A NOVA ERA DO CONHECIMENTO.
LOC: A TRANSFORMAÇÃO NO ENSINO FOI TRATADA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA DO SENADO. REPÓRTER FLORIANO FILHO.
TÉC: O processo de aprendizado no Brasil de maneira geral não vem acompanhando a chamada quarta revolução industrial, também conhecida como era do conhecimento. Ela inclui tecnologias inovadoras como inteligência artificial, robótica, nanotecnologia, computação quântica e biotecnologia. Essa nova realidade, na qual os empregos seguros e profissões tradicionais estão desaparecendo, exige que os estudantes reciclem constantemente suas habilidades intelectuais e competências. O presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância, Fredric Litto, foi um dos participantes na audiência pública da Comissão Senado do Futuro, que discutiu as perspectivas da educação brasileira. Ele lembrou que a automação de processos produtivos vem alterando rapidamente as relações trabalhistas e o perfil econômico nos países mais avançados.
(Fredric Litto) Realmente nós precisamos de uma quarta revolução educacional para acompanhar essas mudanças. Se não (...) estamos olhando mais para o passado e não para o futuro. Por exemplo, tem que ter alunos que saiam com mais flexibilidade cognitiva.
(Repórter) Fredric Litto argumentou que a educação a distância é uma tendência cada vez mais dominante nos processos educativos. E defendeu uma mudança radical na contradição da educação brasileira, que coloca alunos de escolas públicas em universidades privadas e alunos de escolas privadas em universidades públicas. O senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, concordou que o modelo atual não pode continuar como está.
(Cristovam Buarque) A escola do mais pobre tem que ser tão boa quanto a escola do mais rico. Como é na Coreia do Sul, como é na Finlândia, como é na Escandinávia.
(Repórter) Segundo o Censo da Educação de 2015, três milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos não têm acesso à escola no Brasil. E mais de 500 mil professores da rede pública dão aulas em disciplina diferente da área em que se formaram.