Comissão de Educação debaterá ensino médio a distância — Rádio Senado
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Comissão de Educação debaterá ensino médio a distância

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) debaterá uma proposta que permite a aplicação de 40% da carga horária do ensino médio na modalidade de educação a distância (EAD). A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) acredita que a iniciativa prejudica os estudantes e é uma tentativa de terceirizar o papel da escola pública. O debate, que ainda não tem data marcada, deve contar com a presença de representantes do governo.

02/04/2018, 18h20 - ATUALIZADO EM 02/04/2018, 18h24
Duração de áudio: 01:52
Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) realiza reunião deliberativa com 18 itens. Na pauta, o PLC 158/2017, que permite criação de fundo patrimonial nas instituições federais de ensino superior. 

Bancada: 
senador Armando Monteiro (PTB-PE); 
senador Elber Batalha (PSB-SE); 
senador Jorge Viana (PT-AC); 
senador José Agripino (DEM-RN); 
senador José Medeiros (Pode-MT); 
senador Paulo Paim (PT-RS); 
senador Paulo Rocha (PT-PA); 
senador Pedro Chaves (PRB-MS); 
senador Roberto Muniz (PP-BA); 
senador Telmário Mota (PTB-RR); 
senadora Lídice da Mata (PSB-BA); 
senadora Marta Suplicy (PMDB-SP); 
senadora Regina Sousa (PT-PI).

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: RESOLUÇÃO QUE PERMITE QUE PARTE DO ENSINO MÉDIO SEJA À DISTÂNCIA SERÁ DEBATIDA NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO. LOC: A PROPOSTA É CRITICADA POR SENADORES, COMO INFORMA A REPÓRTER MARCIANA ALVES. TÉC: A proposta que permite a aplicação de quarenta por cento da carga horária do ensino médio na modalidade à distância será tema de uma audiência pública na Comissão de Educação. O pedido partiu da senadora Fátima Bezerra, do PT do Rio Grande do Norte, que enfatizou a importância de representantes do Conselho Nacional de Educação explicarem a iniciativa: (Fátima Bezerra) Afinal de contas, é de lá que surge essa proposta, que nós consideramos extremamente inoportuna. (REP) O assunto faz parte de uma atualização das Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio, que está em debate no Conselho Nacional de Educação. Fátima Bezerra classificou a ação como uma tentativa de terceirizar o papel da escola pública. Para ela, a proposta contribui para a precarização do ensino e desvaloriza os profissionais da educação: (Fátima Bezerra) Nós não podemos, especialmente em uma modalidade como essa, substituir o papel do professor. Evidentemente que a educação à distância, como inovação tecnológica, como tecnologia educacional, é bem vista como complemento. (REP) Para o vice-presidente da Comissão de Educação, senador Pedro Chaves, do PRB de Mato Grosso do Sul, a iniciativa não deve seguir adiante: (Pedro Chaves) O ministro, repetidas vezes, tem dito que jamais passariam pelo MEC esses 40% de educação à distância. Então, qualquer iniciativa do Conselho Nacional de Educação não tem o aval do Ministério da Educação. Eu, particularmente, também sou radicalmente contra a educação à distância para ensino médio, pela maturidade dos alunos e porque precariza, realmente, a qualidade do ensino. (Repórter) A resolução em análise ainda permite que, no caso da Educação de Jovens e Adultos, todo o curso possa ser feito à distância. Da Rádio Senado, Marciana Alves.

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