Comissão debate futuro da ciência e tecnologia no Brasil — Rádio Senado
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Comissão debate futuro da ciência e tecnologia no Brasil

A Comissão Senado do Futuro (CSF) promoveu nesta segunda-feira (26) a segunda reunião do Ciclo de Debates “2022: O Brasil Que Queremos”. O tema foi o futuro da ciência e da tecnologia no país. Para os participantes da audiência pública, um país sem ciência e tecnologia é um país que deu errado. O senador Hélio José (PROS-DF) afirmou que o grande desafio é implementar uma política de longo prazo que permita o desenvolvimento científico e tecnológico.

26/03/2018, 21h14 - ATUALIZADO EM 27/03/2018, 10h53
Duração de áudio: 01:44
A Comissão Senado do Futuro (CSF) promove audiência pública para debater o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. A discussão faz parte do ciclo de debates 2022 — O Brasil que queremos, realizado em parceria com instituições de ensino e pesquisa do Distrito Federal.

Mesa:
professor presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro Moreira;
professor Emérito da Universidade de Brasília (UnB), Isaac Roitman;
presidente da CSF, senador Hélio José (Pros-DF);
professor ca Universidade de São Paulo (USP) e membro da Academia Brasileira de Ciências, Sérgio Mascarenhas;
diretor-geral do Museu da Amazônia (Musa), Ennio Candotti;
professor presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mário Neto Borges.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: O FUTURO DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA NO BRASIL FOI DISCUTIDO NO SENADO NESTA SEGUNDA-FEIRA. LOC: A COMISSÃO SENADO DO FUTURO DEBATEU O TEMA COM ESPECIALISTAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, DO CNPq E DA SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA E DO MUSEU DA AMAZÔNIA. A REPORTAGEM É DE MAURÍCIO DE SANTI: TÉC: O presidente da Comissão Senado do Futuro, senador Hélio José, do PROS do Distrito Federal, destacou que ciência e tecnologia são áreas estratégicas para qualquer país. E o maior desafio, segundo o senador, é implementar uma política de longo prazo que permita o desenvolvimento científico e tecnológico: (HÉLIO JOSÉ): Hoje a ciência e tecnologia são parte fundamental da consolidação da soberania de um país. Mais que armas e exércitos, é a ciência que garante a soberania de um país. Desprestigiá-la, cortar-lhe as verbas e menosprezar os cientistas é a forma mais rápida de destruir um país. (REP): Os participantes da audiência pública afirmaram que um país sem ciência é um país que deu errado. O professor Ildeu de Castro Moreira, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, SBPC, disse que a emenda constitucional 95, que fixou um limite de gastos do governo para todos os setores, inclusive para os investimentos em ciência e tecnologia, é um tiro no pé: (ILDEU MOREIRA) Então nós estamos com um orçamento hoje que é um terço do que era 7, 8 anos atrás para investimento em ciência e tecnologia. Então isso é mortal. A tragédia que nós colocamos, todas as entidades científicas, em uma carta a todos os parlamentares, tá traduzida na emenda constitucional 95, que congela isso por 20 anos. Se esse patamar continuar por 20 anos, a nossa chance de disputar com China, com Coreia, vai para o brejo. (MAURÍCIO): Outro desafio, segundo o professor Sérgio Mascarenhas, da Academia Brasileira de Ciências, é divulgar melhor a importância das pesquisas científicas para o desenvolvimento do país. O ciclo de debates “2022: O Brasil Que Queremos” volta em 09 de abril com o tema os rumos da economia brasileira. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.

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